segunda-feira, 17 de abril de 2017

REFORMAS SEM CLIMA

APOSENTADORIA Com reforma só depois da morte
É possível prever o desfecho das reformas do governo Michel Temer (PMDB) e Estados no tocante à Previdência Social e até em outras como a pretendida reforma trabalhista. Simplesmente, não há clima no atual momento político e econômico nacional.
Ora, como Estados, a exemplo do Rio Grande do Norte, meu Estado, querem aprovar uma reforma previdenciária absurda, arrancando mais dos servidores com aumento da contribuição?  Isso, é claro, numa situação sistêmica de atraso de salários e defasagem salarial de anos, sem um reajuste sequer que acompanhe o custo de vida crescente no país?
É querer esfolar servidores que já não conseguem sequer pagar contas em dia e vêm perdendo poder aquisitivo mês após mês. É ilógico tentar enfiar goela abaixo uma reforma de tal magnitude, que derruba conquistas que jamais deveriam ser mexidas, porque o país e seus governantes não têm credibilidade para isso diante da nação. Só se for a força da baioneta, não do voto democrático.
No plano nacional, como o governo Temer se atreve a enviar uma reforma da Previdência e mais uma reforma trabalhista, se não consegue sequer estancar a sangria do dinheiro público roubado por meio da corrupção pelos próprios políticos e empresários?
Aliás, aqui mesmo no RN, o governador Robinson Faria (PSD) e seu filho o deputado federal Fábio Faria (PSD) estão enrolados na corrupção que banca eleições e enriquecimento ilícito com dinheiro público. Então, pior ficou sua moral política e governamental.
Ora, cadê a assistência à saúde do povo? A educação de qualidade e a segurança pública tão cobradas hoje em dia dado o aumento da violência e da criminalidade crescente em todo o país? Cadê os empregos de salários dignos?
Não é só injusto o que está querendo o governo Temer antes de mostrar serviço? São descabidas tais propostas governamentais, no país e nos Estados, na atual conjuntura nacional. O povo não vai deixar passar. É preciso que antes de qualquer reforma radical, governos ganhem primeiro confiança, depois tenham a seu favor uma realidade favorável e por último justifique robustamente tal necessidade.
Avançar com essas reformas é se atrever a um confronto de forças, em que de um lado ficará os governantes e classes privilegiadas; e de outro o povo, maioria, explorado e jogado a mercê de sua própria sorte.

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