quarta-feira, 30 de agosto de 2017

ALIMENTAÇÃO Cada semana mais cara

Mesmo com a inflação em baixa, como se alardeia por aí na mídia nacional, a alimentação é um dos itens mais caros hoje em dia do custo de vida. Basta ir ao supermercado toda semana para constatar.

O queijo mussarela, por exemplo, que na semana anterior ainda estava de R$ 25 o quilo fatiado, nesta última já encontrei custando mais de R$ 27 no mesmo supermercado que sempre vou. Não sei se a marca era a mesma, mas o queijo que estava lá, era sim, mais caro quase R$ 3,00.

Francamente, é preciso muita fé para acreditar que os preços do custo de vida estão baixando ou pelo menos se mantendo estáveis. Pode até ser, alguns itens aferidos pela inflação oficial.

Mas chega a um ponto, neste Brasil suspeito de tudo, que já não se acredita em quase nada do que  oficialmente se divulga. Olha-se sempre com uma ponta de desconfiança.

A corrupção desenfreada dos políticos e empresários, os interesses escusos, manipulação da opinião pública, tudo isso vai nos deixando desconfiados e até traumatizados.

Sei que não se pode viver assim pessimista, pois existem ainda instituições sérias, pessoas de bem e trabalhos honestos, mas na vida nacional de hoje é preciso questionar. Manter cautela. Precaver-se.

Aliás, no supermercado não vejo ninguém comemorando a redução da inflação. Muito pelo contrário, pois ando pra lá e pra cá e sinto que as pessoas permanecem reclamando dos preços. Há, vez por outra, promoções temporárias.

É possível mesmo que com aumento da gasolina e do diesel, num país em que quase tudo é transportado por via rodoviária, esta realidade não atinja o custo de vida? Sei não!...
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Fatos e Notas: VIVER Coisas do custo de vida: Dizem na mídia que a inflação está baixando. Pra ser sincero, nem sei como tecnicamente é aferido o índice. Sei que são levados em conta ...

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

LEMBRANÇAS Só as boas nos interessa

Começo a semana deixando de lado questões políticas, econômicas e sociais. É para reviver um pouco o passado da vida pessoal. Arrisco sem saber se sei dissertar nesse campo. Mas vou tentar!

Há coisas que vivemos, passamos e talvez nunca mais voltaremos a vivê-las, pelo menos do mesmo modo. Boas ou ruins se foram, só nos resta a lembrança.

É certo que os momentos bons, as lembranças nos traz de volta; já os que não nos agradou, tentamos enterrá-los em nossa memória, espécie de arquivo morto, que não interessa revirá-lo.

Digo isso ao lembrar das minhas idas à cidade de Jundiaí (foto), São Paulo, que faz um ano da última que estive por lá. Era um mês de inverno, julho de 2016, de muito frio para os padrões daqui do Nordeste.

Ia eu e minha mulher Francisca das Chagas (Chaguinha). Passávamos semanas em nossas viagens de visita ao nosso filho Lívio S. Costa que fazia residência médica. Terminada a especialização, ele se mudou para Fortaleza-CE, por opção pessoal e profissional.

Fiquei com saudades de Jundiaí, onde mora um casal conterrâneo amigo, Geraldo Magela/Geozenira, que nos fez companhia em nossas saídas para nos divertirmos, fosse de dia ou de noite. Temos, inclusive, convite deles para voltarmos lá.

O certo é que o tempo passa e vez por outra boas lembranças nos batem. Dias em que eu descia e subia ladeiras, protegendo-me contra o frio, a caminho do shopping mais próximo. Era a hora da visita à livraria e depois tomar um ou dois chopes para entretimento.

Pelas ruazinhas tranquilas de Jundiaí, lá ia eu, várias vezes sozinho. Recordações nada especiais. Coisas simples, modestas e sem detalhes vaidosos.

Talvez o que mais me fez gostar de Jundiaí, uma cidade dormitório da capital São Paulo, é a tranquilidade com que se pode caminhar por suas ruas e praças. Podermos tomar um ônibus para destinos curtos a qualquer ponto urbano.

Uma criminalidade, que apesar de ser cidade brasileira, não tem nível alarmante de crimes em áreas centrais e nobres. O transito é calmo, a despeito de que o município tem uma população em torno de 400 mil habitantes, e está a 57,7 km de distância da capital.

É o 15º município paulista mais populoso e o 7º maior fora da Grande São Paulo. É também o 7º mais rico do Estado e exibe um índice de desenvolvimento humano alto de 0,822, que eleva a cidade à 11ª melhor posição do Brasil e a 4ª melhor do Estado de SP.

Experimentar uma qualidade de vida assim é viver melhor sem dúvida. O Brasil tem muito a nos mostrar e que ainda não conhecemos para valorizar, sem precisar sair do nosso território.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

HOSPITAL Um cenário de guerra

Quem passa em frente ao maior hospital de urgências e emergências do Rio Grande do Norte, em Natal, nem imagina o que se passa lá dentro. Sem exagero, um verdadeiro cenário de guerra, montado internamente em tempo real do conhecido Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel da capital.

Aliás, cenário que já começa lá fora com inúmeras ambulâncias estacionadas. Aguardam macas retidas com pacientes trazidos ao  hospital de várias partes da cidade e de municípios do interior. A televisão nos mostra isso quase todos os dias, com imagens fortes do drama dos que buscam socorro.

É uma realidade que se arrasta há vários governos e os que ousam anunciar um novo tempo, não passa de bravatas para servir de marketing político e satisfação pública. A população já cansou de ouvir e de se desesperar inutilmente. Nenhum governante resolve a situação de superlotação.

Imagino que o problema seja complexo, assim como o hospital deveria atender apenas procedimentos de grande complexidade. Mas atende até dor de cabeça e um resfriado. Falta uma rede assistencial básica funcionando 24 horas nos municípios e outra de média complexidade.

Por isso o hospital principal recebe uma sobrecarga que vai muito além de sua estrutura defasada para a demanda de hoje. A verdade é que governantes não prepararam o Estado para essa realidade diante do crescimento populacional.

O Walfredo Gurgel tem tudo. Pacientes gemendo nos corredores, parentes desesperados diante da falta de assistência. Cirurgias adiadas, falta de medicamentos na farmácia do hospital e não raro falta de material médico-hospitalar para consumo. Passa o tempo e nada se faz.

Não dá mais para esperar uma solução que parece trazida no casco de uma tartaruga, que anda sem pressa de chegar. E assim a solução passa de governo a governo.

Nesta semana, com capacidade para receber 270 pacientes, o hospital abrigava 390 – dizia notícia. Uns 120 deles espalhados pelos corredores do hospital, retendo macas das ambulâncias que não podem ser liberadas por falta de leitos, e enlouquecendo parentes, médicos e pessoal da enfermagem.

Quantos governos vão ser precisos para, enfim, resolver essa realidade? – eis a questão. Promessas não pagam dívidas. Misericórdia!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

INSEGURANÇA Ações de terror e violência

É difícil dizer qual das duas situações é pior. Se no Brasil não temos até aqui a insegurança do terror internacional, que vivem outros países, nem por isso podemos nos vangloriar da paz interna. Nosso desassossego está na violência urbana das cidades brasileiras. (A foto lembra os ataques de 11 de setembro de 2001, nos EUA.)

O turismo no exterior está afetado pela onda de atentados que o mundo tem registrado em países da Europa,  Ásia, Estados Unidos e África.

Quem viaja mundo afora tem que tomar cuidado e mesmo assim pode ser surpreendido com um desses ataques que vez por outra estão sendo noticiados. Imagino que ninguém vai deixar de fazer turismo por causa dessa ameaça real hoje em dia.

Mas provavelmente se preocupa em mudar roteiro de viagem, deixa de ir a certos lugares que podem ser um potencial alvo desse terrorismo maluco, que já matou muita gente e continua matando. Aliás, conheço gente de meu convívio que desistiu de viajar a um destino que fazia parte de seus planos.

Países europeus que estão em evidência desse terror, queira-se ou não são os mais afetados em seu turismo receptivo. Essa de jogar carros para provocar atropelamento coletivo é um horror. Até viajar de avião para certos destinos dá medo.

No Brasil, se o terrorismo tem nos poupado, o mesmo não se pode dizer da violência urbana que se alastra na esteira do narcotráfico. A cidade do Rio, capital fluminense, e seu entorno têm sido o ápice dessa insegurança que predomina por aqui.

Quantas balas perdidas não têm tirado a vida de quem sequer teve tempo para se proteger?  Além de assaltos a mão armada, execuções criminosas e outros tipos de crimes.

No entanto, não é só o Rio. Hoje, a cidade de Natal e municípios de sua região metropolitana padecem do mesmo mal. A intranquilidade trazida pela violência tornou-se uma constante na vida cotidiana das famílias e das pessoas de bem.

Na verdade, o mundo está mais violento, seja de uma forma, seja de outra.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

VIVER Coisas do custo de vida

Dizem na mídia que a inflação está baixando. Pra ser sincero, nem sei como tecnicamente é aferido o índice. Sei que são levados em conta alguns itens do custo de vida, mas às vezes tenho dúvidas se o estudo reflete mesmo, a rigor, nossa realidade.

Até porque não dá para sentir nada facilitado por aí afora. Pelo contrário, a situação é cada vez mais de aperto para quem sobrevive de um salário minguado, caso da maioria dos brasileiros e brasileiras. Também faço parte desses deserdados.

Quer ver? Para quem vai ao supermercado semanalmente, encontra cada unidade do abacaxi à venda por mais de R$ 3,00. Um só. Se você for a um vendedor ambulante ou feira livre, consegue comprar por bem menos algumas unidades. Mas a classe média perdeu o hábito de ir à feira.

É claro, para passar por pose de bacana, prefere muito mais o conforto do supermercado mais próximo de onde reside em seu bairro. Puro comodismo? Talvez, lá encontra de tudo, mesmo que pague mais pelas suas compras de cada semana ou mês.

No entanto, na avenida das Alagoas, em Neópolis, zona sul, daqui de Natal, está todos os dias um vendedor de frutas, que arma sua tenda por ali, no canteiro central,  a oferecer três abacaxis por apenas R$ 5,00. Olhe aí a pechincha.

É logo depois da passagem de nível inferior sob a BR 101, em direção à avenida Ayrton Sena, vizinho ao supermercado Makro. Além do abacaxi, acrescente melancias e laranjas à venda também. Já vi gente de carro parando para comprar, em minhas caminhadas matinais no pátio do Makro.

Mas enquanto a fruta é bem mais cara no supermercado, estacionar no Híper Bompreço, da avenida Engº Roberto Freire, caminho de Ponta Negra, acabou a colher de chá. Antes, você estacionava e tinha direito a 40 minutos.

E qualquer valor comprado valia pelo estacionamento livre, além desse tempo. Agora, a permanência grátis baixou para 20 minutos apenas. Se nesse tempo não for feita uma compra que equivale a R$ 20, pagará pelo estacionamento R$ 6,00 até uma hora ou duas horas. Depois disso, fica mais caro.

Estacionamento de graça na zona sul natalense, por enquanto só no shopping Midway Mall e Carrefour. Até quando? Não sei.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

REUNIÃO Tempos estranhos

Seria ficção se não fosse real a televisão mostrar nos dias de hoje o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) reunido com o líder do governo, deputado Dison Lisboa (PSD). Parece tudo normal, muito natural. Mas só parece. Ambos estão às voltas com a Justiça.

Um, o governador Robinson, é enrolado em mais de uma investigação. A mais recente que apareceu na mídia, dá conta de que o Ministério Público Estadual o investiga sob acusação de desvio de recursos públicos na contratação de "funcionários fantasmas".

Esta é do tempo em que Robinson Faria foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado.

O outro, Dison Lisboa, líder do seu governo na Assembleia, é condenado em primeira instância a cinco anos e oito meses por apropriação de bens e rendas públicas, quando era prefeito do município de Goianinha.

No momento Dison está no regime semiaberto e usa tornozeleira eletrônica, inclusive, para frequentar as sessões da Assembleia Legislativa.

Robinson ainda está enrolado em escândalo nacional das delações de executivos da JBS, empresa dos irmãos Batista, na acusação de que ele e seu filho, deputado federal Fábio Faria (PSD) receberam de propina R$ 10 milhões, sob condição de facilitar a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) para o grupo.

A reunião dos dois teve a presença também de outros auxiliares do governador. Talvez, por isso, não despertou tanta curiosidade. Governador e líder parece se entenderem bem quando se trata da coisa pública. Tempos estranhos!

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

BRASIL Povo sofrido

Que país é esse que faltam creches e medicamentos básicos para os que não pode comprar? A gente começa o dia logo se indignando com o que assisti pela televisão. É só ligar e o café fica indigesto. É melhor nem tentar buscar notícia boa porque não vai achar.

Hoje, por exemplo, foi dia do noticiário nos mostrar a realidade de um país que não anda. Permanece nos desgovernos que existem pelo Brasil afora, a partir da esfera federal, passando pela estadual e estendendo-se ao âmbito municipal.

O Bom Dia Brasil nos traz um retrato do descaso governamental: "Metade das creches que governo financia tem obra parada ou atrasada", baseada em levantamento da Transparência Brasil.

Quase 7,5 mil obras em andamento no Brasil, 29% estão paradas e 17% atrasadas. Pior é saber que, desta forma, em dez anos, o governo gastou pelo menos R$ 1,5 bilhão só com obras paradas. Enquanto isso, mães pobres que precisam trabalhar não encontram creche para deixar seus filhos.

Outro drama brasileiro é a falta de medicamentos e material básico nas farmácias da rede pública em vários Estados para tratar doenças como a diabetes. Como disse a apresentadora do Bom Dia Brasil, isso põe em risco a vida de milhares de pacientes.

A insulina é um desses medicamentos em falta que deixa as pessoas desesperadas, assim como o material para monitorar a doença.  E isso já acontece há meses. Cadê a responsabilidade pública para quem não pode comprar o que está faltando?

É bem possível que em 2018, por meio do voto nas urnas, este Brasil comece a pensar e mudar de rumo. Ninguém aguenta mais políticos descompromissados com o bem comum.

O Congresso (deputados e senadores) em vez de ouvir a voz das ruas vira as costas para o povo. Ah, Suas Excelências precisam receber o troco, que virá mais dias, menos dias.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

GOVERNO A velha política

Li notícia nesta terça-feira, 8 de agosto, que "Governo negocia crédito para usar na folha de pessoal". Já era esperado. Aliás, previ isso num artigo. No mesmo jornal Tribuna do Norte, numa entrevista pingue-pongue, o governador do RN, Robinson Faria, deu o mote: "A luta agora é contra o tempo". De fato, 2018 está bem próximo.

Escrevi aqui que esperassem o ano das eleições para o governo Robinson Faria (PSD/RN) dar o seu jeito e pôr em dia o calendário de pagamento dos servidores do Rio Grande do Norte. Folha há mais de ano e meio paga com atraso de até 15, 20 e 30 dias, dependendo da faixa salarial do servidor.

Agora, que se aproxima o ano das eleições, nenhum governo é besta para entrar o ano devendo a quem quer que seja. É ano de milagres, choverá dinheiro, obras e todo tipo de facilitação. Disso não tenham nenhuma dúvida.

Estamos no segundo semestre, em agosto, caminhando para o fim de ano. O governador Robinson Faria já acena com a possibilidade de empréstimos em bancos públicos para pagar o servidor em dia, inclusive o 13º salário. Merece.

 Anotem aí, a boa nova. Não passará de dezembro e o governador potiguar logo acertará as contas com o funcionalismo, para entrar janeiro em campanha.

Outra coisa, nisso não faltará apoio do governo Michel Temer (PMDB), com quem Robinson já andou conversando, que abrirá portas de bancos para fazer chover dinheiro nos Estados, de olho na campanha presidencial. Que se dane ajuste fiscal.

A politicagem atropelará, como já atropelou para enterrar a denúncia de corrupção do presidente Temer, na Câmara, qualquer ajuste fiscal que se tente em ano eleitoral.

Obras para inaugurar surgirão sem faltar, preenchendo o calendário até a data de proibição da legislação eleitoral. É a velha política a todo vapor para atrair votos de memórias fracas e esquecidas. Eleição ganha, a crise e o arrocho voltarão à cena.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

TURISMO É difícil sem estradas

O governo Robinson Faria parece viver no reino da fantasia como em contos de fada. Quer ampliar o turismo interiorano no Rio Grande do Norte, sem antes fazer a sua parte, que é construir estradas, recuperar as ruins e facilitar acessos.

Nem mesmo um dos cartões postais do litoral potiguar tem hoje uma merecida estrada. Refiro-me à praia de Pipa (foto), no município de Tibau do Sul, a 85 quilômetros de distância de Natal, a capital do RN. Pois bem, uma das praias mais visitadas tem uma única estrada toda esburacada, estreita, de sentidos opostos, que em tais condições, é de se concluir, oferece risco ao se trafegar por ela.

Alguns remendos, da operação tapa-buracos do DER estavam sendo feitos para melhorá-la. Não sei como ficou.

É verdade que o governo promete construir uma rodovia alternativa que terá concessão privada para administração com cobrança de pedágio, porém isso ainda está no papel e não se sabe quando de fato se tornará realidade. Até porque tudo por aqui é por enquanto miragem.

Desde o governo passado de Rosalba Ciarlini, fala-se num segundo acesso pelo lado sul  para o aeroporto Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante,  na Grande Natal, que até hoje, lamentavelmente, não saiu e permanece sem data.

O único acesso ao aeroporto natalense é pelo lado norte, desde que inaugurado, que não raro sofre com problemas no trânsito da capital, e fica muito distante dos principais hotéis e região sul. Isso sem dúvida é um gargalo para o turismo.

Já a malha rodoviária estadual, entre municípios, continua a ser precária, de péssimo estado de conservação e a maioria sem esperança de recuperação. Fazer turismo em tal situação é um desafio de difícil superação.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

ALPARGATAS À espera do novo destino

Toda vez que passo em frente ao conjunto de galpões do prédio onde funcionou a extinta fábrica da Alpargatas (foto), no bairro de Neópolis, em Natal, zona sul, fico a imaginar com certa curiosidade qual o destino a ser dado àquele terrenão de área imensa.

Talvez não demore muito, já que a J&F, do grupo empresarial Joesley Batista, o do escândalo político com o presidente  Michel Temer (PMDB), está vendendo sua participação à Cambuhy Investimentos (uma gestora de recursos), Itaúsa e Brasil Warrant.

A estimativa é que o negócio custará R$ 3,5 bilhões aos três novos acionistas. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já aprovou a venda sem restrições, decisão que estava ainda pendente, mas já resolvida.

Há várias especulações em torno do destino a ser dado ao local, uma delas é de construção de um shopping center. Mas pode ser também um projeto habitacional de casas ou apartamentos, como também uma grande instituição de ensino, além de outras opções.

O próprio grupo poderá investir se tiver interesse ou passar adiante em negócio para quem se interessar pela área, por sinal, bem localizada, à margem da BR 101.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

BRASIL O país calado

A vida anda chata. Politicagem em Brasília, violência urbana como nunca vista e crise econômica sem data para sairmos dela. É assim que caminhamos por este Brasil de hoje. Descrente, ou quase isso, o povo calou e deu voz aos deputados neste 2 de agosto.

Na política, o Congresso é quem manda pelo menos até as eleições de 2018, sem o menor respeito por quem o elegeu da vez passada. Legisla em causa própria, mancomunado com um governo acusado de corrupção passiva, sem dar bolas para o eleitorado.

A violência corre solta nas cidades brasileiras, tipo Natal, no Rio Grande do Norte, que virou uma sucursal do crime organizado, praticado pelas facções criminosas do Rio e  São Paulo.

Por fim, o ajuste fiscal para tirar a economia do buraco em que a enfiaram no governo passado, que parece cada vez mais comprometido com os desmandos do governo Michel Temer (PMDB) e seu grupo, em gastança abusiva na disputa pelo Poder.

E nós vamos caminhando contra o vento sem lenço e sem documento, como na música de Caetano Veloso, com um país dividido, as oposições fragmentadas e o Congresso rachado ao meio. Pense aí: aonde vamos chegar assim?

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ROMANTISMO Tarde fria

A música tocava alto na vitrola – o toca-discos de antigamente. Lá de casa, ou mesmo da rua, dava para ouvir bem. Rua principal de cidadezinha interiorana de muito pouco movimento. Raramente passava um carro.

Lembro que a música vinha de um quarto de pensão – como era mais conhecida qualquer hospedaria daquela época. Ficava na vizinhança da casa de meus pais. Hospedava militares do Exército do Batalhão de Engenharia que tinham vindo construir a estrada ferroviária.

Ouvi aquela música tantas vezes em fins de tarde quando os hóspedes retornavam do trabalho, que nunca mais a esqueci. Chama-se Tarde Fria. Descobri já adulto que é de Cauby Peixoto,cantor de sucesso daqueles anos 50, considerado um dos maiores intérpretes da música brasileira.

Nestes dias de inverno chuvoso e de clima mais ameno na região litorânea daqui de Natal, em que os termômetros acusam temperaturas baixas para os padrões locais, a música Tarde Fria sempre me vem lembrar o tempo de menino ainda novo, a brincar na rua com outros meninos.

Basta uma tarde de sol encoberto, tempo nublado e de vento soprando frio, como a de segunda-feira desta semana, para a lembrança reacender na memória.

Tarde fria/sozinho espero/só você que não vem/eu quero/ – repicava a música nos meus ouvidos. Interessante é que, eu mesmo menino, sem atentar para sentimentalismo amoroso, guardei a velha melodia nos arquivos do tempo, para ela vir agora à tona nas lembranças do passado.

Coisa de romântico à moda antiga, como diz Roberto Carlos num de seus sucessos. Se bem que, diferente de RC. Em vez de flores, a rapaziada mandava era tocar uma melodia dedicada especialmente a um alguém, no serviço de alto-falantes da cidade.

O locutor, que não brincava em serviço, soltava a voz empostada: "Esta música vai para um alguém oferecida por... e sapecava as iniciais de quem não quisesse se identificar publicamente. Lá fora, ao ouvir a mensagem, rapazes e moças que sabiam de quem se tratava, faziam aquela algazarra.

(A foto é do companheiro, jornalista Walter Medeiros, em dia chuvoso na cidade de Natal)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

CÂMARA De olho nos deputados

Todo o país se voltará nesta quarta-feira, 2 de agosto, para ver o que acontece na Câmara Federal, quando deverá ser decidido se o presidente Michel Temer (PMDB) vai ser, sim ou não, investigado por corrupção passiva, em denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) ao STF. A Câmara precisa autorizar o STF seguir em frente. Caso não autorize, Temer continuará governando o país. Se autorizar, ele será afastado da Presidência. Olho vivo! 

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

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