domingo, 24 de novembro de 2019

Apenas uma fatalidade

A morte de Gugu Liberato aos 60 anos, causada por um acidente doméstico, assim tão de repente, trouxe-me à lembrança um surrado dizer popular: "Basta estar vivo para morrer!" Pois não é que é mesmo! A vida vai-se num imprevisto.

Homem rico, talentoso e comunicador carismático, com residência até nos Estados Unidos para dispor, quando estivesse em dias de agenda livre, certamente achou simples o que ia fazer e terminou de uma hora para outra perdendo a vida.

Se o dizer popular já nos alerta de que não somos dono da nossa vida, lembrei-me também dos ensinamentos de Jesus que estão nas Escrituras Sagradas, a Bíblia. "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora". Não é, portanto, por falta de aviso.

Isso quer dizer, é claro, que devemos estar preparados para quando formos chamados de volta. E certamente a conta nos será apresentada por quem nos deu a vida. Sabemos que a natureza humana é pecaminosa, tentada, neste mundo de sofrimentos e de alegrias também.

Mas devemos pelo menos nos tornarmos leve até chegar nossa hora. Aqui, bem entendido, não vai nenhuma referência ao Gugu, que aparentava ser gente boa. É apenas uma forma de mostrar que a vida humana é efêmera. Nascer e morrer fazem parte de um projeto divino.

Evidentemente, devemos estar preparados para isso. Mas nem sempre estamos. Nosso nascimento é comemorado com boas-vindas. Já a morte, com lágrimas pelos que ficam. A morte, seja como for, sempre nos surpreende e nos entristece.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Café ou água de côco?

Tomar um cafezinho numa cafeteria de shopping ficou caro. A opção por uma água de côco, que é mais saudável, sai por bem menos. Basta procurar um quiosque.

Pelo cafezinho a gente paga no mínimo R$ 5. Já a água de côco, custa apenas R$ 2 ou R$ 2,50. Digo, aqui no Nordeste, região de praias, sombra e água fresca.

Principalmente no verão, estação de muito calor, o cafezinho não é bom negócio. Só para viciados, quem não sabe dispensar. Já a água de côco refresca e hidrata se a temperatura estiver alta.

O cafezinho, é claro, tem suas qualidades, sim. Por exemplo, dependendo da hora que se toma, desperta e é uma bebida saborosa se for um bom café.

À noite, não é uma boa, pois pode causar insônia.

Mas ficamos por aqui porque não se trata de nenhum ensaio literário, tampouco um comercial, nem do cafezinho, nem da água de côco. Apenas dica de minha opção, pra quem gosta de sair por aí flanando. Isto é, apreciar a vida simples e ver gente nas horas vagas do dia.

Que bendito seja seu dia! Aliás, o nosso!

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Meia volta

Depois de saco cheio com o facebook, decidi voltar ao meu blog, que o havia abandonado desde a primeira quinzena de junho último. A rigor, é no facebook onde muita gente nos encontra e interage. Seja para o bem, seja para o mal, né mesmo?

É que uns concorda com o que dizemos, enquanto outros nem tanto. Quando muito de forma respeitosa nos rebate. Até aí tudo bem! Mas há aqueles que partem para o desaforo, por não serem nada simpático ao que você diz. Ele está de um lado, e você de outro.

Democracia é assim mesmo, desde que se respeite as diferenças pessoais.

Mas não é por isso que estou voltando ao blog pessoal. Logo agora que o clima político até que está ameno, com Lula livre e o presidente Bolsonaro de mãos dadas com os chineses e russos comunistas!

Para quem ameaçava atirar até na sombra de comunista, eis um avanço. Por que o capitão Bolsonaro mudou tão de repente?

O bicho não é tão feio como se pinta. Faz negócios que nos interessa, sim. Mas os Estados Unidos não são o nosso melhor amigo? Até parece!

Mas amigos, amigos, negócios à parte! É melhor assim para não afundarmos de vez. Dizem que é a praticidade da diplomacia internacional. Que seja!

Sim, retomando ao foco desta nota. Volto ao blog, mais por um hábito de escrever. Porém, também, para tratar menos de política e mais de outras coisas do varejo e do cotidiano. Pelo menos, tentarei.

Mas o que eu escrever aqui, sem dia marcado, claro, estará também no Facebook ou no Twitter. Tamos juntos!...

Ia esquecendo. Que dia importante para voltar ao blog. No feriado da Proclamação da República.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Pega fogo


Esta não é uma bomba junina. É verdadeiramente uma bomba política que escancara o jogo de bastidores do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro, e os procuradores.

Conversas sigilosas sobre condução da Lava Jato com propósitos político-partidários que vieram a público reveladas pelo site TheIntercepBr. Revelações estão causando o maior barulho de Brasília a Curitiba, assim como em todo o país.

A imagem do ex-magistrado herói da Lava Jato é arranhada feiosamente e lhe causa um grande estrago político em sua biografia. Se ficar comprovada as conversas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, é caso de renúncia.

Mas no Brasil não se tem caráter para renúncia. Com raras exceções. Fica tudo na base do disse-não-disse. Porém, na mídia tradicional e nas redes sociais não se fala de outro assunto. A bomba estourou no colo de Moro.

Além dos filhos de Bolsonaro, é lógico, poucos são os bolsominions que estão saindo em defesa do ex-juiz, que trocou muito cedo a toga pela política partidária da extrema direita. Está se saindo mal, muito mal.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Fim dos radares

facebook.com/joseaecioacosta

Inacreditável a notícia que diz "Após cancelar radares fixos, presidente [Jair Bolsonaro] quer fim dos radares móveis". Quer dizer, então, que as estradas ficarão entregues ao caos. Nunca vi se governar desse jeito. Cruz-credo! Logo agora que os acidentes nas rodovias diminuem por conta de medidas como a dos radares nas rodovias.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Loucura de um presidente

Ainda bem que o presidente Jair Messias Bolsonaro resolveu engatar marcha à ré em sua loucura de licenciar o uso de armas como fuzil para o cidadão comum.

A pressão da sociedade freou a obsessão presidencial de uma das suas prioridades atuais, talvez a mais forte de todas. Liberar fuzil, daqui a pouco por que não canhão para quem quiser e puder.

Bolsonaro e seus filhos são um desastre em ideias para o país. Pensamentos que atrapalham sem dúvida a governança da direita ideológica, que defende a classe dominante.

Este é um governo que não avança, mas que teima no vaivém. Parece cada vez mais apostar no caos, para ver no que termina. Diz uma coisa hoje e amanhã desfaz diante das reações.

Como pode um governo assim seguir em frente? Só o fanatismo doentio, a cegueira e o ódio ao imaginário consegue apoiar um governo sem rumo, sem sintonia com o país, desorientado.

Talvez passe quatro anos e não consiga desmontar o país ao seu modo, porque até isso dá trabalho. Bolsonaro é um problema em vez de ser um governante para a solução dos graves problemas.

Graças a Deus até a direita moderada tem se insurgido contra desmandos do governo bolsonarista. Ninguém é maluco para apoiar tudo que sai da cabeça do clã Bolsonaro. Deu pra se ligar?

terça-feira, 7 de maio de 2019

Urbanismo: devagar, parando

Na missa de domingo (5/05) passado, o padre Nunes (Antônio Nunes de Araújo) fez uma crítica na celebração das 17h, na Igreja São Judas Tadeu, aqui em Natal, que deixou fieis indignados.

São cerca de dois anos que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo retém um projeto de ampliação da igrejinha local, na comunidade do Jiquí, bairro de Neópolis, onde o padre é responsável pela paróquia local.

Espera até hoje, passado esse tempo, pela licença retida pelo entrave burocrático. Vejam bem que se trata de obra de uma igreja, fez ver o padre Nunes. Talvez "se fosse uma boate" já teriam liberado.

Realmente essa demora é um absurdo, quando tudo que foi exigido está atendido, e se tratando de uma obra de reforma de uma igreja católica.

Afinal, questiona-se: o que estaria por trás de tanta morosidade? Mas não é de agora que tenho ouvido críticas ao trabalho dessa pasta municipal na liberação de licenças.

domingo, 5 de maio de 2019

O que li neste domingo

Parece que Carlos Bolsonaro, o Carluxo, filho mais trabalhoso do presidente Jair Bolsonaro, vai desistir da política mais cedo do que se prevê.

Tem dito a pessoas próximas "que não quer mais saber de política e nem do Rio", conforme li neste domingo na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Por sinal, o Flávio, seu irmão, tem falado que Carluxo não disputará a prefeitura do Rio, em 2020, quando se especula o cenário eleitoral do próximo ano.

Se assim ocorrer, o vereador carioca Carlos Bolsonaro está desistindo cedo, sem topar a um novo teste nas urnas.

Carlos pretende até mesmo deixar o Rio e ir morar em Santa Catarina. Boa viagem!

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Isso é despreparo

Francamente! – como diria o velho Brizola em suas críticas aos adversários. Nunca vi na vida republicana que acompanho, um presidente da República tão despreparado como esse da extrema direita brasileira, Jair Bolsonaro. Não acerta uma sequer!

Seja em seu país, seja lá fora, o homem só faz lambança, coisa desastrada, que leva o país ao ridículo. É assim! Depois de criar um clima de desavença aqui dentro, em vez de buscar consenso para as reformas que diz que quer fazer, ressuscita um assunto arquivado que incomoda até o Exército.

Havia necessidade de mandar os quartéis comemorar a ditadura militar, de 31 de março de 1964, triste página virada deste Brasil? Não, só seus fanáticos ideológicos aplaudem tal atitude sem um mínimo de reflexão, responsabilidade e bom senso. Resultado: insuflou uns contra outros.

Cada vez que sai do país para visita ao exterior, deixa o país mal. É de dar gargalhadas se não fosse tão irrisível o que acabou de fazer em Israel. Resultado: desagradou os dois lados daquela região do Oriente Médio, pondo em situação difícil o comércio exterior do Brasil.

Quer dizer, nem mudou a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, como promessa de campanha e havia reafirmado em seus compromissos, e reduziu sua intenção a um escritório comercial. Resultado: frustrou israelenses e desagradou palestinos.

O que significa isso? Ameaça ao mercado exportador brasileiro de carnes para os muçulmanos. Francamente – vá ser inteligente assim para seus eleitores doentes de fanatismo. Por que abrir feridas no que está cicatrizado, é passado!?

Por que não evitar se meter aonde não deve. O Brasil já tem problemas demais, na segurança pública, na educação, na saúde do povo, entre muitos outros de miséria e fome. Basta de insanidades!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Visões diferentes

Dois pontos de vista diferentes sobre mesmo episódio. Jornalista Ricardo Kotscho entende que acabou "o governo dos Bolsonaros" com exoneração do ministro Gustavo Bebianno. Começa o dos generais  da "turma do Haiti" com mais um general do grupo para o lugar do ex-ministro civil.

Outro jornalista, Jânio de Freitas, diz que "batalhão de generais no governo cresceu, mas seu poder enfraqueceu". O que quer dizer, generais não conseguiram se impor diante do desejo de ver Bebianno se manter no ministério. O capitão Jair Bolsonaro impôs a sua vontade e o ministro caiu.

Assim, optou pela vontade do filho Carlos Bolsonaro desafeto de Bebianno, a quem o chamou de mentiroso e foi endossado pelo pai, presidente da República.

Prevaleceu a decisão de demissão do ex-secretário geral  da Presidência, o que demonstra na prática fortalecimento do poder do presidente.

Os generais do Exército ao menos desta vez não conseguiram emplacar a vontade, a partir do vice Hamilton Mourão. São pontos de vista diferenciados de analistas sobre a mesma questão. O que acontecerá daqui pra frente ninguém sabe.

Para tirar de foco a crise política do Planalto com o caso Bebianno, o governo sem perda de tempo jogou para o Congresso a reforma da Previdência, mesmo ainda sem uma base consolidada na Casa.

Seja como for, vem aí muita discussão e questionamentos com o confronto de interesses até tudo se resolver. Antes o governo vai ter que mostrar articulação política e isso não é missão para generais.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

O drama dos natalenses

Com efetivo policial defasado, os natalenses vivem um drama frequente com assaltantes invadindo residências para roubar. Tipo de crime aterrorizante e muito comum na capital potiguar. Exemplo visto no noticiário: "Assaltantes invadem condomínio, rendem moradores e fazem arrastão em sete casas". Foi num condomínio fechado em São Gonçalo do Amarante, município da Grande Natal, esta semana, onde fica o principal aeroporto do Estado. Quer dizer, esses assaltantes tiveram tempo de invadir sete casas sem que a polícia desse conta do serviço. É uma pena a Grande Natal ter se tornado num inferno, dominada pelo crime e o tráfico de drogas pesadas. Há muito se espera um trabalho conjunto entre Estado, governo federal e municípios, para combater o crime.(Leia também tweets na aba à sua direita ou siga-me em twitter.com/joseaecio ou facebook.com/joseaecioacosta)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Na sombra do poder

Houve um tempo, que o PMDB, hoje novamente MDB, sugou, fortaleceu-se e desfrutou de mordomias do Planalto, sempre à sombra de governos que o partido apoiava, até dar uma rasteira segura em seu último aliado o PT.

O resto todo mundo sabe. Derrubou o então governo petista para ficar em seu lugar até terminar o mandato de dois anos que restavam da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment. O vice Michel Temer (MDB) esperava a vez e a substituiu. Esta história é bem conhecida e recente.

Neste novo governo Bolsonaro (PSL), que se instalou em 1º de janeiro, sai de cena o MDB e, ao que parece, entra devagarinho em seu lugar o DEM de ACM Neto, prefeito de Salvador.

Tudo indica que seu partido fará a vez do MDB como apoiador no âmbito do governo bolsonarista. Pelo menos tem tudo para desfrutar dessa nova condição, como descreveu um dia desses o blog do jornalista Gerson Camarotti, no portal G1.

"Articulador das candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o comando da Câmara e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência do Senado, o prefeito de Salvador, ACM Neto, virou um dos principais interlocutores políticos do novo governo.", diz Camarotti.

É isso aí, na política brasileira não pense que tem almoço grátis. Com certeza a conta vai ser cobrada mais dias, menos dias. Segue o baile!

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Governo e o saco de maldades

Começou com a extinção do Ministério do Trabalho. Agora, novamente, o governo Bolsonaro (PSL) prepara-se para atacar outra vez a vulnerável classe trabalhadora em seus direitos trabalhistas.

Quer dizer, em vez de fortalecer conquistas já existentes na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que quer este governo que se instalou em 1º de janeiro? Acabar com todos esses avanços no país, e certamente escravizar a mão de obra brasileira.

Esta é uma ideologia de extrema direita, mesmo dissimulada de política econômica liberal e moderna do novo governo, que tenta assim manipular a opinião pública, para favorecer a quem? Ora, ora! Os ricos, a chamada classe elitizada dominante em detrimento do trabalhador.

O superministro da Economia, Paulo  Guedes, já soltou o balão de ensaio para a sociedade brasileira. Remover férias e 13º salário para facilitar o emprego formal nas empresas.

Isso viria por meio de duas carteiras do trabalho. A tradicional que garantiria direitos, mas não vagas formais, e a verde-amarelo que abriria o mercado formal flexibilizando as regras.

Parece até aquela música cantada pelo Jackson do Bandeiro: "O diabo quando não vem, manda o secretário" – né mesmo? Quem for otário que entre nessa.

Tem mais, pois o governo do PSL ensaia em inserir tal pacote maldoso na reforma da Previdência Social, conforme li nas notícias da grande mídia nacional.

Com certeza muito mais virá por aí com restrições aos salários dos servidores públicos, perda da estabilidade e o diabo a quatro. Obviamente, serão anos difíceis, muito difíceis, senão terríveis, para uma categoria que luta por mais conquistas e uma sociedade justa, igualitária, desenvolvida.

Numa sociedade já tão desigual como a do Brasil, onde estaria o bom senso desses governantes? Cruz-credo! – ora pro nobis! Não dá pra ficar calado.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

NInguém escapa

Parece que neste país, entre políticos, raros são os que escapam das lambanças, falcatruas e corrupção.

Mais um na mira da Justiça Eleitoral.

É ele nada mais, nada menos que o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), o queridinho do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do governo Bolsonaro (PSL), conforme divulgou Veja.

Contudo, poderá ser mais um caso que terminará em pizza, como se costumava dizer. O processo sobe para análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Justiça: conta cobrada

Diz a notícia do fim de semana que a Justiça do Rio Grande do Norte determinou "bloqueio de R$ 6,3 milhões" do ex-governador Robinson Faria (PSD).

A punição é a indisponibilidade de bens determinada pela 6ª Vara da Fazenda Pública, conforme processo que investiga uso de servidores "fantasmas" na Assembleia Legislativa do Estado do RN.

Pelo visto, a conta começa a ser cobrada dos desmandos do ex-governador, quando presidiu a Casa parlamentar, antes de governar o Estado.

Atualmente, Robinson, pai do deputado federal Fábio Faria (PSD), está sem mandato eletivo, já que não conseguiu sequer passar para o segundo turno nas eleições recente, e o pior ainda pode vir.

Será que a punição de Robinson Faria serve de exemplo para outros políticos com mandatos? É o que pelo menos se espera, embora ainda haja muitos que aguardam punições no país inteiro, se realmente a lei é pra todos como se afirma por aí. Tomara que sim.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Como era diferente

A violência cruel, fria e repentina dos criminosos de hoje em dia me faz voltar a um tema recorrente: a insegurança. Sem ser a primeira vez, já escrevi aqui sobre coisas do passado. Volto à carga, lembrando-me de algo que me veio ao pensamento, quando estava me barbeando outro dia. Antigamente era bem diferente. Ao nos barbear nas primeiras horas matinais, o som que ouvíamos era o do rádio. Naquele tempo ainda não existia televisão, ou começava a aparecer como novidade. No interior, nem pensar. O rádio era o meio de escutar notícias e programas. Geralmente com músicas que alegravam nossa manhã. Hoje, logo cedo, a televisão moderna invade os lares, trazendo-nos notícias trágicas do mundo criminoso nas grandes cidades. Nem mesmo a vida rural é poupada pela paz e tranquilidade de antes. "Impossível fugir essa dura realidade" – já nos dizia o poeta Vinicius de Moraes, em seu Dia da Criação. "Porque hoje é sábado."     

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Transferindo responsabilidade

Entrei num recesso de fim de ano demorado, que já faz mais de mês ausente. A vida é dinâmica e corre rápido entre um ano e outro que  acabou de chegar. Já estamos na segunda quinzena de janeiro.

De lá para cá muitos fatos aconteceram e acontecem sem cessar, sucedendo-se um após outro ou simultaneamente. Assim é nossa realidade, e desse jeito vamos avançando no tempo.

A realidade mudou com o novo governo nacional? Se mudou, não notei. É a mesma até aqui. Ah, alguém pode dizer que governo e ano novo ainda estão começando. É preciso esperar. Sim, esperar!

Mas, na verdade, o ano em si não tem culpa em nada. Se existe algum mau sinal de que tudo continua na mesmice, este vem da própria humanidade, dos governos e dos fatos que testemunhamos.

A violência continua a ameaçar a paz pública, a trazer insegurança, a destruir vidas, e nenhuma medida concreta no país até aqui foi adotada de forma a satisfazer a sociedade. Tudo, como antes.

Primeira medida do governo Bolsonaro, sem pestanejar, foi a de armar a população sob o pretexto de assim ela vai poder se defender. Pareceu aí uma transferência de responsabilidade perigosa.

Ora, bandos criminosos investem cotidianamente mais e mais na busca de armas nas mãos de policiais, seguranças e cidadãos. Quanto mais grosso o calibre melhor.

Como vão temer enfrentar famílias, donos de comércio e amadores armados. Ademais, ao contrário da ideia, é dever do Estado manter a segurança e desarmar quem ameaça – ou não?

A rigor, quem ganha com isso não é a população, e sim as indústrias do lobby de armas. Mas se é pra seguir o exemplo dos Estados Unidos no que existe de pior, estamos no caminho certo. 

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

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