sábado, 29 de setembro de 2018

O Brasil dividido

Em meio a essa guerra ideológica brasileira de Esquerda versus Direita, o Brasil segue rachado para as urnas do primeiro turno do pleito eleitoral no domingo, dia 7 de outubro.

É bem provável que daí se seguirá para o segundo turno entre os dois mais votados, que devem ser Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Se for diferente considero zebra.

Mas o que eu quero contar dessa loucura das redes sociais em que se enfiou o país e que já extrapola para as ruas, foi o susto que tomei outro dia ao entrar numa revistaria como de costume.

Semanalmente, olho até por hábito de curiosidade, os destaques de todas as capas das revistas em exposição. Uma por uma para ver quais são os principais assuntos.

Pois bem, peguei a Carta Capital, de linha editorial pró-PT, e entrou um jovem que maliciosamente, sem me conhecer, com um sorriso se fazendo de entendido me indagou:

– De esquerda? – eu devolvi o sorriso e nada disse. Certamente, ele achou que eu não tinha entendido bem e novamente me perguntou: – De esquerda? – nada o respondi e ele ficou na dele.

É esse o Brasil de hoje nas mídias e nas ruas. Ou você é de direita ou de esquerda. Não tem mais meio termo. Os moderados foram riscados do mapa.

Parece que na cabeça de certas pessoas não existem mais os centristas, eleitores que buscam o centro das ideologias e/ou da vida político-partidária entre tantos partidos e candidatos.

Não se conta mais com tendências de centro-esquerda ou centro-direita. Agora você é rotulado de extrema direita (nazista) ou de extrema esquerda (comunista). Pronto, estamos conversados.

Nesse confronto louco, milhares viram apenas massa de manobra, sem entender bem o que é ser de direita ou de esquerda. Entende sim, o que é ser do  PT  (Partido dos Trabalhadores) ou ser antiPT.

O radicalismo político toma conta do país e se torna um risco antidemocrático. Deus que nos livre!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

O dever de casa

Por que é que o Ceará faz o dever de casa, mas o governo do Rio Grande do Norte não? Quando eu estive em Fortaleza, entre final de agosto e início de setembro, o Estado vizinho comemorava seu destaque nacional na educação básica em 2017.

Alcançara no ano passado ,6,2 pontos no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) com salto de 60%  sobre os 3,8 pontos obtidos em 2007. Conquista que se deu mesmo em situação adversa, enfrentando a crise financeira do país que afetou o setor público.

Além disso, o Ceará tinha um governo central, o atual do presidente Michel Temer, que não lhe era favorável. Lá o Estado é governado pelo petista Camilo Santana que, segundo pesquisas de intenção de votos, deve se reeleger para mais quatro anos.

Diferentemente do Rio Grande do Norte, que tendo à frente o governador Robinson Faria (PSD), recebia favores do governo Temer (MDB), até por ter apoiado o impeachment da presidente petista Dilma Rousseff na época em que o vice assumiu.

Foi um "ótimo desempenho do Ceará", destacou em editorial o jornal cearense Diário do Nordeste. No RN, entretanto, nada parece ter funcionado até hoje desde que Faria tomou as rédeas do Estado para si com promessas não cumpridas.

Nem na educação, nem na saúde, nem na segurança pública, que foi sua maior aposta antes de assumir o governo, Robinson Faria não fez o essencial que fosse do reconhecimento público. Ficou tudo pelo caminho sobre a justificativa da crise financeira que o atrapalhou.

Daí se explica por que Robinson recebe baixa aprovação e mesmo com a máquina administrava estadual nas mãos, não consegue decolar nas pesquisas de intenção de votos. Está sempre a correr atrás do segundo colocado nas pesquisas. E o tempo do jogo está terminando.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Confrontos nas redes

À medida que o primeiro turno das eleições 2018 se aproxima, as brigas, intrigas e provocações se intensificam Brasil afora na disputa presidencial das redes sociais.

Diria que está mesmo insuportável o clima agitado e tenso entre os que usam hoje esse meio de relacionamento on-line. Pelo andar da carruagem deve se estender até 28 de outubro, segundo turno.

É amigos contra amigos (ou amigas), parentes contra parentes, pais contra filhos (ou filhas) ou com quem mais meter a colher nesse caldeirão fervendo, parecendo mais profecias do apocalipse.

O pleito eleitoral passa, mas ficam as marcas das inimizades, dos ressentimentos e do ódio despejados nas diferenças políticas, sociais, econômicas e pessoais dos ânimos exaltados.

É bom expor nossas opiniões, sim. Democraticamente é natural, nada demais. Por isso que a democracia bem desenvolvida não tem regime igual no mundo.

O problema aí é a falta de civilidade, de respeito ao outro, de equilíbrio emocional. Muita gente se descontrola e termina deixando transparecer seu fanatismo, suas paixões e frustrações.

Então, saem do campo da discussão política respeitosa, civilizada, tolerante e tome baixaria de um lado e do outro. A essa altura ninguém quer deixar barato, ou seja, guardar ofensa.

Se for para ser assim, bem melhor é evitar o clima pesado das mídias sociais. Pegar um bom livro para ler, espairecer dando uma voltinha por aí num shopping e dormir em paz consigo.

Ninguém muda voto com ofensa, desrespeito e no seu querer de empurrar opção pessoal goela abaixo dos outros. Muda-se voto com convencimento, argumento fundamentado e simpatia.

Jamais baseado em fake news (notícias falsas) que hoje em dia virou moda para uns e outros. Agora me lembrei! Ninguém tapa o sol com a peneira. A realidade sempre vem à tona, doa em quem doer.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Deus salve o Brasil

A política ferve nos quatro cantos deste país desunido, sem rumo definido e em busca de um milagre nas eleições que ocorrerão daqui a uns vinte dias. Mas que milagre esperar?

Pelo menos que o pior não lhe venha acontecer e o eleito (ou eleita) que sair das urnas seja razoável, traga bom senso e equilíbrio para dar uma direção justa a este país.

De minha parte espero que faça cessar o radicalismo político, consiga um consenso da nação para que possa governar, pondo fim ao ódio, a desunião de lados, de grupos fanáticos.

O Brasil precisa que se lute por ele e não por interesses egoístas, individualistas e do quanto pior melhor. Minha torcida é para que prevaleça o espírito democrático da nação.

Cada um de nós temos nossas diferenças, opiniões e pontos de vista das questões em jogo. Contudo, o importante é que se respeite uns aos outros, já agora e sobretudo passado o pleito eleitoral.

Estamos próximos ao primeiro turno das eleições que vai ser em 7 de outubro. Caso nenhum candidato consiga se eleger. Partiremos para o segundo turno em 28 de outubro.

Na verdade, até lá, não é nenhum candidato a ser salvo não. O foco é o Brasil de todos nós. Portanto, vamos escolher o candidato ou candidata de acordo com a nossa consciência.

A consciência em prol do coletivo, do bem comum, da cidadania, e não de ideias mesquinhas, individuais e malucas que levem este país ao abismo.

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

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