segunda-feira, 31 de julho de 2017

POLÍTICA Tempos vergonhosos

Que tempos vivemos. Não confundam alhos com bugalhos, como diz o ditado surrado. Hoje se faz politicagem em vez de política, o que confunde, mas é diferente. Fui ver no dicionário definições e li artigos que tratam do assunto. Extrai isso aqui para bem definir.

A política é na verdade "a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados", enfim, "aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna), ou aos negócios externos (política externa)".

Já a politicagem é uma "política de interesses pessoais, de troca de favores, ou de realização insignificantes". É o inverso da política pelo bem comum. Tá ligado, agora?

Então, o que se faz hoje em dia, quando o governo Michel Temer (PMDB) com apenas 5% de aprovação vira as costas para a nação e com o poder nas mãos passa a agir em interesse próprio para se manter na Presidência? É claro que isso se converteu em politicagem.

E da pior forma porque não se importa com interesses maiores do país, mas cuida tão somente das ambições individuais, custe o que custar à nação, atraindo parlamentares do Congresso na compra de votos por meio de emendas e cargos para ficarem do lado do governo.

Foi para o espaço o comprometimento político, a honra, a dignidade. Enfim, o valor da democracia.

A rigor, governo e Congresso governam desvinculados da nação, voltados para seus próprios interesses mesquinhos, vergonhosos e frustrantes. Cadê o pudor, a moral e a ética da política?

sexta-feira, 28 de julho de 2017

ESTADO Pagamento segue indefinido

O governo Robinson Faria (PSD/RN) segue o segundo semestre do ano com o calendário de pagamento dos servidores do Rio Grande do Norte em atraso e indefinido, sem data para acerto de contas. Nem da folha mensal, nem muito menos do 13º salário.

Neste sábado (29/7), último do mês de julho que está terminando, o Estado vai pagar, finalmente, a segunda parcela dos que ganham acima de R$ 4.000, encerrando a folha de junho. Antes o pagamento era feito dentro do mês.

No Rio Grande do Norte, 80% dos servidores estaduais de um total de pouco mais de cem mil das administrações direta e indireta ganham até R$ 4.000, só os 20% restantes estão acima desse teto.

Com arrocho salarial, sem um centavo de reajuste ante a inflação, e salário cada vez mais pago em atraso, o funcionalismo se sujeita a perdas maiores por pagar compromissos vencidos, arcando com o custo financeiro de juros e multas.

Governador Robinson põe a culpa na queda de receitas do Estado em face da recessão econômica, mas até hoje não conseguiu fazer cortes de despesas e nem adaptar as contas estaduais à realidade que enfrenta em decorrência da crise financeira.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

ENERGIA Força das eólicas no Nordeste

Bons ventos estão a nos ajudar em meio a tanta desgraça que acontece hoje em dia. Para não se dizer que se fala apenas de notícia ruim, aqui vai uma boa informação, que dá para comemorar. Pelo menos num setor o Rio Grande do Norte está bem, liderando o ranking.

É o da energia gerada pelos ventos, em parques eólicos (foto), de acordo com os números positivos que reforçam a produtividade eólica no país, conforme informações do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne). Esse já é um setor que surpreende.

O Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará são os Estados com maior número de empreendimentos em construção ou com capacidade já contratada. Nesse setor o RN tornou-se líder nacional em produção de energia pela força dos ventos com 3.3GW (Giga Watts) de capacidade instalada num total de 127 parques em operação.

Isso representa quase o dobro dos números registrados pela Bahia, segunda colocada no ranking, com 1,7GW de capacidade instalada em 71 usinas eólicas, segundo dados do Cerne. De forma geral, as usinas eólicas do país mantêm produtividade em alta, enquanto a região Nordeste puxa o volume de produção e movimenta o setor.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

OPERAÇÃO Raniere afastado da CMN

O presidente da Câmara Municipal de Natal (CMN), Raniere Barbosa (PDT), partido do prefeito Carlos Eduardo Alves, e homem de sua confiança, meteu-se numa enrascada. Foi alcançado pela operação Cidade Luz do Ministério Público do Rio Grande do Norte.    

Raniere está afastado da presidência da Casa, e impedido de exercer o mandato, mas por enquanto, sua prisão não foi decretada.   

A operação investiga superfaturamento de R$ 22 milhões em contratos de iluminação pública com empresas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), no tempo em que Raniere, hoje vereador, era titular do órgão.      

Estima-se que o superfaturamento atingia 30% dos contratos e ao menos 10% dos valores eram repassados em forma de propina para servidores públicos, ex-titulares da pasta e empresários potiguares e pernambucanos do esquema fraudulento.   

A corrupção é um mal que, como pandemia, contamina políticos e empresários.

terça-feira, 25 de julho de 2017

DEPUTADO De tornozeleira na Assembleia

Ao ler esta semana notícia de que o "Brasil tem 2ª maior população usuária de tornozeleira eletrônica", lembrei-me de que aqui, no Rio Grande do Norte, temos até parlamentar, líder do governo, que frequenta as sessões da Casa de tornozeleira no pé. Sem o menor constrangimento dele e de seus pares.

Trata-se, como é do conhecimento público, do deputado estadual Dison Lisboa (PSD/RN), condenado em primeira instância pela Justiça do RN a cinco anos e oito meses por apropriação de bens públicos e rendas, na época em que era prefeito do município de Goianinha.

Ah, o governo do Estado não está nem aí para a situação de Dison Lisboa que cumpre a pena em regime semiaberto. Sem se incomodar, o governador Robinson Faria (PSD), portanto, do mesmo partido, o mantém lá como líder do governo sem dar bolas para a acusação que pesa contra o deputado e a respectiva condenação.

Tudo parece ser muito natural. Sinto que estamos perdendo a capacidade do bom senso, invertendo valores morais. É assim que caminha o Brasil dos crimes do colarinho branco. O RN não é diferente.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

COMBUSTÍVEIS Ganância empresarial

Nem esperaram os estoques de combustíveis terminarem e os preços foram remarcados na bomba numa velocidade espantosa de corrida de fórmula 1.

Aqui em Natal, cidade turística que nos seduz, que de dia nos assalta e à noite executam os marcados para morrer, bastou o governo Michel Temer (PMDB) anunciar o aumento de alíquota do PIS e Cofins, que incide sobre a gasolina, para logo se ir vendo o show da remarcação.

Nós natalenses nem conseguimos correr a tempo para um posto e evitar o novo preço. A gasolina que estava em torno de uns R$ 3,50 por litro, pulou para mais de R$ 4,00.

O Procon saiu em campo nos dias que se seguiram para tentar contornar os abusos, porém o estrago já estava feito para muitos que precisaram reabastecer o carro logo em seguida ao aumento.

Como dizem que vem mais aumento por aí que vai incidir sobre a gasolina e o diesel, como também o álcool por causa da mistura, só economiza quem estiver de tanque cheio.

Evite, portanto, ser novamente surpreendido com remarcações relâmpagos, do tipo assim: anunciou aumento, tome lá o novo preço. Foi redução anunciada, espere sentado. Que Brasil, hein!

sábado, 22 de julho de 2017

BURACOS Depois das chuvas

Natal, destino turístico, tem buracos nas vias públicas pelos quatros cantos da cidade: sul, norte, leste e oeste.

É um Deus nos acuda andar por aí. Ali mesmo no entorno do estádio Arena das Dunas, em Lagoa Nova, zona sul, é preciso tomar cuidado.

Já a prefeitura, com sua operação tapa-buracos, anda a passo de tartaruga para fazer restauração do asfalto. Aliás, asfalto que de segunda ou terceira qualidade não aguenta sequer o passar dos ônibus pra lá e pra cá.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

ACADEMIAS O propósito até que é nobre

Depois que me submeti a uma cirurgia e tive que passar meses em recuperação fora das academias de musculação, fui voltando aos poucos às minhas caminhadas na praça. Até que chegou o tempo de retornar às atividades físicas mais intensas.

Antes de voltar à antiga academia próxima de onde moro, resolvi manter minhas caminhadas e fazer os exercícios físicos na Academia da Terceira Idade da praça central aqui do bairro. Fui ficando por lá, fazendo amizades, e até este mês de julho não voltei à academia de antes e nem nenhuma outra.

O problema é que senti pela própria experiência que essas academias da terceira idade (ATIs), também conhecidas por academias ao ar livre, pois são frequentadas por pessoas de todas as idades,  faltam uma complementação indispensável. Trata-se do profissional orientador dos exercícios.

Usar equipamentos sem que você saiba fazer correto o treinamento e sem saber qual a finalidade é um risco físico para a saúde. Além de que antes de qualquer exercício, até mesmo as caminhadas, devemos passar por consulta médica que vai nos dizer se estamos realmente em condições.

Todos nós, reconhecemos o bom propósito das prefeituras que instalam essas academias, contudo, pecam pela falta complementar das outras ações que deveriam acompanhar.

A rigor, eu só me dei conta de que faltam essas medidas complementares, quando surgiu na ATI da praça, daqui do bairro de Neópolis, zona sul natalense, um professor de educação física aposentado.

Tem sido com muita boa vontade que o veterano professor vai nos ensinando a usar adequadamente cada equipamento e alertando para o risco quando fazemos de forma errada.

Pesquisei no Google o assunto e por lá encontrei artigos que tratam do tema e que focam as falhas dessas prefeituras, como a de Natal, ao instalar tais academias públicas.

Quer dizer, não é só inaugurar a academia com seus equipamentos e deixar à mercê da sorte de cada um, como a dizer: está aí, quem quiser que se vire!  É preciso tornar a obra completa.

Graças a Deus houve coincidência de horário e disposição do veterano professor a nos dar uma mãozinha todas manhãs.

BRASIL Falta de segurança

Aos Estados brasileiros faltam sobretudo segurança pública, no entanto, para fazer politicagem com emendas parlamentares ricas, ah! –  que se dane o rombo federal nas contas do governo Temer (PMDB).

Mas a conta chega logo de alguma forma para a população pagar.  A situação da cidade do Rio é a pior do país de caótica, perigosa e lamentável, porém a de outras cidades brasileiras, como as daqui do Rio Grande do Norte, padecem do mesmo mal.

No Rio se tem assalto até na fila de hospital; aqui na Grande Natal escolas são alvos frequentes de assaltos e vandalismo. Teve até a história de uma escola que acabou o turno da noite, porque o medo dos alunos gerou o esvaziamento do horário. 


quinta-feira, 20 de julho de 2017

CRISE A política ferve

Por causa do recesso parlamentar, em Brasília, a marcha dos acontecimentos políticos desacelerou.

Mas circulou notícia que Temer (PMDB) se desentendeu com Maia (Rodrigo), do DEM/RJ, presidente da Câmara e natural sucessor na Presidência da República em caso de vacância do cargo, na luta dos dois pelos votos de dissidentes do PSB.

Isso, todavia, são águas passadas, pois, para contornar o mal-estar, houve jantar na terça (18) entre Temer e Maia e parece que se acertaram.

Nesta quinta-feira, contudo, a pauta do dia da mídia nacional muda para focar especialmente a economia também em crise.

É que o governo Temer, encalacrado até o pescoço para fechar as contas de 2017, pretende recorrer a um aumentos de impostos, começando pelas alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis.

Mas não deve parar por aí, já que cogita também em aumentar a Cide, imposto que incide sobre o setor de combustíveis, e outros tributos como o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.

E vamos que vamos!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

ECONOMIA Previsão de estagnação

É verdade que a inflação tem cedido e isso tem sido motivo de comemorações nos meios oficiais. No entanto, quem tem lido e ouvido especialistas isso não quer dizer que a economia já entrou nos trilhos e vai bem, obrigado. Esse entusiasmo deixa-se para Meirelles, o da Fazenda.

A inflação cedeu porque a forte recessão econômica que o país enfrenta a obrigou a isso. Mas o consumo e o investimento permanecem em baixa. Até porque o consumo esbarra sobretudo no desemprego de uns 14 milhões de desempregados Brasil afora e queda vertiginosa da renda familiar. 

Acabo de ler o boletim junho/julho do Grupo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Política Econômica (Depe) da PUC-SP, que diz: "A economia brasileira embora denote alguns indicadores tópicos de crescimento, ainda carece de um padrão de política econômica e de medidas que possam apontar para uma retomada das atividades".

Além disso, outro fator inegável de instabilidade é a crise política. Essa questão traz desdobramentos imprevisíveis que afloram a incerteza futura e a insegurança para tomadores de decisões.

"A despeito do discurso oficial de que 'tudo segue normalmente', a verdade é que o quadro político- econômico reflete um elevado grau de incerteza, o que vislumbra um cenário de uma provável estagnação em 2017, depois de dois anos de recessão, o que torna a estrutura e a base de comparação muito frágeis", dizem os especialista da PUC-SP.

terça-feira, 18 de julho de 2017

POLÍTICA Crise sem fim previsível

Prolongar mais tempo no poder, retardando o máximo sua saída, seria hoje a intenção do presidente Michel Temer (PMDB). Pouco importa que o país "sangre" até lá.

Talvez Temer torne o fim da crise imprevisível. Até mesmo se a denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, não passar pelo plenário da Câmara, obrigando o STF (Supremo Tribunal Federal) enterrar a acusação da PGR contra o presidente.

 Rodrigo Maia (foto),  presidente da Câmara, já adiantou que pode aceitar pedido de impeachment contra Temer. Promete agir muito mais como presidente da Casa e menos como aliado.

Pelo visto, como Temer insiste em não renunciar, tome crise política pela frente e instabilidade. Até quando? Só Deus sabe!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

GOVERNO A desorientação de Robinson

Chegam até a ser infantis as decisões do governador do RN, Robinson Faria (foto), do PSD.  Será que esse homem não tem auxiliares que o aconselhe? Até aqui parece que não, porque Robinson passa a impressão pueril de cometer besteiras uma atrás da outra.

Não faz tempo que Robinson Faria queria fechar a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do Estado, na Grande Natal, depois de investimentos realizados, a pretexto de que ali era uma região turística e, portanto, atrapalhava o desenvolvimento.

Todo mundo, inclusive eu, disse aqui que a decisão era um erro. Ora, fazer investimento para depois fechar seria jogar dinheiro público fora. Muito mais quando o Estado não tem hoje onde colocar tantos presos com o aumento da criminalidade crescente no RN e presídios abarrotados em péssimas condições de permanecer funcionando.

Robinson sofreu pressão da sociedade e recuou da sua ideia maluca. Agora o governador potiguar comete outra tolice ao decidir fechar hospitais no Rio Grande do Norte para transformá-lo em unidades básicas. Meu Deus do céu, ajude esse homem a pensar!

Era para ter rejeitado de pronto o Termo de Ajustamento de Conduta que fez com o Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Estado que desativa hospitais no RN. Em vez disso, deveria, sim, ir à luta para assegurar as condições dignas de funcionamento desses  hospitais.

Não, Robinson certamente viu nisso uma oportunidade de enxugar custos do Estado mudando o status desses hospitais para simples unidades básicas e deixando a população à mercê da própria sorte. As pessoas terão que buscar saúde em hospitais da capital ou de municípios maiores.

A população reage indo às ruas protestar contra o fechamento de hospitais em cidades onde seu governo já elegeu os que serão fechados primeiros. Ao todo, hospitais de sete cidades. É possível que, dando-se conta do que pretende fazer, recue também de tal intenção.

E assim vamos continuar a assistir esse vaivém de um governo medíocre que mais parece perdido, atrapalhado e desorientado, para dizer o mínimo. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

CIDADES Sob o medo da violência

Ninguém está a salvo da violência que toma conta da cidade. Em Natal, capital potiguar, são assaltos a carros fortes, salões de corte de cabelo, farmácias, restaurantes, lojas de shoppings, assim como a transeuntes nas ruas ou em pontos de ônibus, quando não dentro do próprio transporte coletivo.

O que fazer para viver numa cidade assim? Confesso que não sei e talvez ninguém saiba, a não ser dizer o que quase todo mundo já faz. Procurar rezar, proteger-se e arriscar-se menos por aí. Deixar de trabalhar e se dedicar aos fazeres do cotidiano lá fora para ficar trancado em casa, isso é que não pode, nem se deve fazer.

Então, é encarar a realidade, tomando-se as precauções, é claro. A polícia, com seus efetivos militares e civis baixos, deficitários até de estrutura de armamento e carros, guarda pouco a cidade, que vai se deixando mais e mais ser tomada pelo medo.

O governo promete fazer mais pela segurança pública, mas muitas promessas ficam apenas nas ideias e não chegam a tempo de evitar tragédias como a de Micaela Ferreira Avelino, de 26 anos.

Baleada na cabeça depois que virou refém de um dos assaltantes dentro de um shopping do bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal, nesta quinta-feira, 13 de julho, em meio a um tiroteio entre vigilantes de um carro forte e bandidos, ela não resistiu e morreu no hospital.

Triste fim o de Micaela que, segundo contam, a loja (uma barbearia) em que trabalhava havia até se mudado da rua para dentro de um pequeno shopping, como forma de se proteger melhor de assaltos.

E tantas outras tragédias que vêm acontecendo na região metropolitana natalense, aterrorizando a população pacata e ceifando vidas repentinamente. Esse é o clima de guerra urbana em Natal, cidades do seu entorno e até municípios do interior do RN, como Mossoró e outros. Está difícil viver.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

JUSTIÇA: Ninguém acima da lei

Soa bem a frase: "Ninguém acima da lei" para qualquer país que se respeite, tenha o mínimo de dignidade e de decência. É o que se espera, certamente.

Pois bem, agora que saiu a condenação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nove anos e seis meses, sentenciado pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro, deixando em êxtase a corrente da direita, que venham merecidas outras.

É a vez do presidente Michel Temer (PMDB), acusado por corrupção passiva, a começar pela Câmara dos Deputados autorizando o STF (Supremo Tribunal Federal) a seguir em frente com a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e abrir processo.

Nesse caso, se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Temer se tornará réu e será afastado por 180 dias da Presidência até o julgamento do caso. Se condenado, perderá o cargo em definitivo.

É hora, então, da sociedade brasileira reconhecer que a justiça foi feita, sem dois pesos e duas medidas. Condenação de um primeiro ex-presidente e de um primeiro presidente no exercício do cargo. O que quer dizer: ninguém está a salvo se praticar ilícitos.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

TRABALHO É o jogo do poder

Por fim, depois de muito bate-boca, pressões parlamentares e protesto, a reforma trabalhista que altera a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) teve aprovação do Senado. Antes passou pelo crivo da Câmara dos Deputados e agora segue para sanção do presidente Michel Temer.

Defendida pelo setor produtivo e contestada pela maioria da classe trabalhadora, o primeiro segmento diz que a reforma significa a modernização do mercado de trabalho; a corrente contrária, no entanto, afirma que as mudanças beneficiarão apenas quem a defende.

Seja como for, daqui em diante é esperar pelos empregos prometidos que a reforma acena gerar para o mercado, amenizando o estoque de quase 14 milhões de desempregados no país que a crise produz.

Na verdade, para a área empresarial não resta dúvida que se beneficiará no enxugamento de custos e no afastamento de pressões sindicais nas negociações entre patrões e empregados.

É sabido também que muito mais difícil para o setor patronal seria conseguir dos governos uma reforma tributária que simplifique impostos e reduza a voracidade governamental por mais. Então, a saída viável foi seguir pela alternativa conveniente e ter o governo como aliado.

O governo, por seu lado, é claro, também respira aliviado de pressões da elite econômica, pela urgência de uma reforma tributária, ao menos por enquanto. Assim segue o jogo!

terça-feira, 11 de julho de 2017

HOSPITAIS Transformação em unidades básicas

O governo Robinson Faria (PSD/RN) pretende transformar, a princípio, sete hospitais do Rio Grande do Norte em unidades básicas de saúde, pelo fato de o Estado não dar condições de funcionamento como unidade hospitalar. Outros poderão ser ou não readaptados a essa transformação posteriormente. (O hospital de Angicos, na foto, deve virar unidade de saúde.)

Trata-se de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do Estado (MPE) com o governo do RN para que a rede  estadual de saúde seja reavaliada e adaptada ao que realmente pode cumprir.

É claro que, sem pensar duas vezes, o Estado muito mal das pernas, concordou sem hesitar. Ora, com isso, serão feitos enxugamento de custos, reduzindo problemas estruturais e de procedimentos.

Até porque, segundo documento do MPT e MPE, na verdade "o Estado demonstrou descumprir em todos os seus hospitais regionais e unidades de saúde, as normais laborais referentes à proteção da saúde, segurança e higiene dos profissionais que neles laboram".

Como ainda, descumpre "determinações contidas na Norma Regulamentadora nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego", diz o documento, divulgado na mídia local.

Diante de tal situação, para dar condições ao governo do RN cumprir com seus deveres na assistência à saúde pública, os representantes do MPT e MPE sugeriram uma readaptação da rede. Isso permitirá que o Estado concentre seus esforços em hospitais maiores de regiões-polo.

A ideia é que cada um desses hospitais que não apresenta condições estruturais de atendimento, seja convertido em um desses sistemas: unidade básica de saúde (UBS), unidade de pronto-atendimento, sala de estabilização ou outro formato adequado.

Até aí, apesar do retrocesso, é compreensível de certa forma o encolhimento da rede de hospitais. Ou seja, trocar quantidade por qualidade.  A questão é se, nem assim, o governo Robinson cumprir o acordo. Assim caminhará (ou não) o RN.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

TEMER Um pulo lá e outro cá

Como dizem lá no interior, foi "um pulo lá e outro cá", a viagem de Temer (foto), primeiro presidente acusado de corrupção, à reunião do G-20, em Hamburgo, na Alemanha, neste fim de semana.

Os sinais dessa pressa e preocupação com a marcha dos acontecimento políticos no país, estão no tipo de transporte que Michel Temer usou: um 767 da FAB, com mais autonomia de voo e que não precisa fazer escalas para reabastecer.

No entanto, para aparentar despreocupação com clima de crise grave que o país enfrenta, o presidente Temer sapecou para a mídia que estava "tranquilíssimo".

Ora, ora! Temer ainda pensa que consegue enganar a opinião pública. Se de fato estivesse tranquilo, não teria voltado antes do término dos trabalhos da reunião, no sábado.

Também não andaria cometendo gafes em sua fala, ao dizer que estaria, conforme noticiado, "fazendo voltar o desemprego". Sinal de desconcentração no que vai falar. Não foi a primeira.

Por essas e outras, Temer tenta aparentar uma falsa normalidade, vivendo um clima infernal no país. Mais dias, menos dias, o desfecho dessa crise se consumirá.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

OBRAS Imobilidade governamental

É uma situação crítica a do governo Robinson Faria (PSD/RN) no Rio Grande do Norte desde seu início, há dois anos e meio, imobilizado diante da crise financeira que atingiu o Estado.  O governo foi nocauteado e não consegue reagir. (Na foto, obra inacabada do Terminal Pesqueiro Público de Natal.)

O estrago se avalia pela quantidade de obras públicas paralisadas. São ao todo 313 obras paradas e inacabadas, que estão sendo auditadas por uma comissão criada pelo Tribunal de Contas do Estado.

Tais obra estariam localizadas em pelo menos cem dos 167 municípios potiguares, conforme diz reportagem publicada pelo jornal Tribuna do Norte no final de junho. Há exemplos, portanto, espalhados por todo o RN.

Isso até onde a inspetoria de controle externo do TCE conseguiu realizar levantamento preliminar dos projetos nessa situação. Um montante de R$ 308 milhões investidos de um total de R$ 600 milhões.

Acrescente-se a essa paralisia, o mau funcionamento de hospitais públicos estaduais, a criminalidade e violência urbana sem controle e uma educação muito aquém da desejável.

Pelo sinais, não será surpresa de um final de governo com administração zero. O governo Robinson Faria apenas toca o trivial do dia a dia de qualquer gestão.

Aliás, o que faz muito mal, pois até aqui sem conseguir repor o calendário de pagamento em dia do funcionalismo. E assim segue candidato a uma das piores colocações no ranking das administrações governamentais do país.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

GOVERNADOR Mal em tudo

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (na foto), até aqui permanece sem dizer para que veio. Afinal, já percorreu mais da metade de seu mandato e não consegue deslanchar em nada.

Além de fazer um mau governo, sempre culpando a crise financeira, Robinson agora passa a ser um dos investigados pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot.

O pedido de abertura de inquérito para investigação foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF), depois de ele, Robinson, e seu filho, deputado federal Fábio Faria (ambos do PSD/RN), terem sido alvo das delações de executivos da JBS. Que enrascada!

Segundo essas delações, o governador do RN e seu filho deputado pegaram propina da empresa JBS, algo em torno de R$ 10 milhões, na época em que ele era candidato ao governo no Estado.

Em contrapartida, ainda segundo as delações, Robinson prometia facilitações ao grupo empresarial na futura privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).

O governador nega que haja ilegalidade, fato comum em casos de delações à Justiça, mas não deverá escapar pelo menos das investigações da PGR.

Diz o governador potiguar que foi tudo devidamente lícito. Para provar isso, Robinson Faria vai ter que apresentar consistente defesa jurídica.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

BRASIL País de profundas desigualdades

Esta é uma preocupante notícia e ao mesmo tempo triste. "O Brasil é o décimo país mais desigual do mundo", segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU, escreveu Marcelo Sakate na revista Veja desta semana. (Foto ao lado mostra contraste de edifícios ricos e favela na vizinhança.)

Baseada em informações de Tendências Consultoria, com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE e, também, da Receita Federal, a revista semanal nos traz um retrato da realidade de hoje no país.

Para começar, logo abaixo da manchete, o subtítulo diz que "Estudos revelam que o desequilíbrio de renda no Brasil é maior do que o estimado anteriormente". Não é só. Afirma também que a retomada na economia, a princípio, deverá alargar o fosso.

As novas análises nos deixa perplexos, pois mostram que a classe A (mais rica) representa 3,8% das famílias, porém fica com 38% da renda total no país, porcentual superior ao estimado anteriormente.

Já as classes D e E (mais pobres) que representam 54,3%, portanto, a maioria da população, ficam com apenas 16,3% da renda nacional.

É fato que vem sendo assim há décadas no Brasil, apesar de alguma melhora em anos recentes, conforme nos lembra a reportagem.

A piora desse quadro, como de um paciente de doença crônica, tem no diagnóstico uma causa apontada: a recessão econômica que o país enfrenta.

terça-feira, 4 de julho de 2017

IMÓVEIS Setor ainda sofre com crise

Embora a Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) informe que o financiamento do setor avançou em maio, atingindo R$ 3,56 bilhões, ainda há crise a vencer na recuperação deste mercado.

Proprietários de casas e apartamentos estão enfrentando dificuldades para locação. Tanto é que no Rio o preço do aluguel caiu 5,74% em um ano e lá existem 14,4% de imóveis vagos.

Em razão dessa dificuldade, aqui mesmo em Natal, donos de imóveis estão deixando de reajustar o imóvel no período, para mantê-lo ocupado se o inquilino é bom pagador. A tentativa de reajustar o aluguel pode deixar o imóvel desocupado por tempo indefinido.

Há até proprietários que reduzem as exigências, com dispensa do fiador, e aceita um preço menor do que o inicialmente pedido para conseguir alugar o imóvel.

Contudo, afirma a Abecip, respaldado nos indicadores do financiamento imobiliário, que em maio o volume de crédito foi melhor que em abril, como também em unidades financiadas.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

PLANOS Lucro versus clientela

Notícia dá conta de que planos de saúde mesmo perdendo clientes hoje em dia, conseguem lucro que sobe mais de 66%, conforme foi destaque da edição de O Globo deste domingo, 2 de julho.

Ora, operadoras compensam queda com reajustes que chegam a 40%. Mas reajustes mais altos só podem ocorrer em contratos por adesão coletiva, que são realizados por associações de classe, sindicatos e categorias funcionais, por exemplo, ou por planos de empresas.

Há casos, em que esses planos de saúde coletivos chegam a representar hoje 80% do mercado, segundo a reportagem do jornal. Tornou-se, portanto, o filé dos planos, porque são reajustados de acordo com os custos e o governo não se intromete.

Já os planos de saúde individuais, esses são regulados pelo governo, via Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cuja alta recente atingiu só 13,55%.

Eis porque fica cada vez mais difícil a adesão por planos individuais no mercado. Há operadoras que está torcendo o nariz para essa demanda.

Na verdade, para que esse mercado de planos individuais seja mais aberto, as operadoras sugerem regulação menor do setor, reajuste baseado na alta dos custos e redução de cobertura. Empresas operadoras alegam que enfrentam alta insustentável de custos.

Diante dessa questão, há quem preveja, que marchamos para que planos de saúde se tornem serviço de elite, como disse ao Globo Leandro Fonseca da Silva, diretor-presidente substituto da ANS.

Aliás, pode-se afirmar que isso já vem acontecendo, enquanto que o Sistema Único de Saúde (SUS) permanece mais sobrecarregado e sem dar resposta satisfatória à demanda pública.

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

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