A inflação cedeu porque a forte recessão econômica que o país enfrenta a obrigou a isso. Mas o consumo e o investimento permanecem em baixa. Até porque o consumo esbarra sobretudo no desemprego de uns 14 milhões de desempregados Brasil afora e queda vertiginosa da renda familiar.
Acabo de ler o boletim junho/julho do Grupo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Econômico e Política Econômica (Depe) da PUC-SP, que diz: "A economia brasileira embora denote alguns indicadores tópicos de crescimento, ainda carece de um padrão de política econômica e de medidas que possam apontar para uma retomada das atividades".
Além disso, outro fator inegável de instabilidade é a crise política. Essa questão traz desdobramentos imprevisíveis que afloram a incerteza futura e a insegurança para tomadores de decisões.
"A despeito do discurso oficial de que 'tudo segue normalmente', a verdade é que o quadro político- econômico reflete um elevado grau de incerteza, o que vislumbra um cenário de uma provável estagnação em 2017, depois de dois anos de recessão, o que torna a estrutura e a base de comparação muito frágeis", dizem os especialista da PUC-SP.
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