terça-feira, 27 de outubro de 2020

SE COLAR, COLOU!

Como diz o bordão popular, se colar, colou! Não colou! O balão de ensaio foi lançado pelo líder do governo bolsonarista na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Sugeriu, a propósito do Chile, que o Brasil deveria convocar um plebiscito para estabelecer uma Constituinte visando propor nova Constituição.

O ensaio cheirou a golpe. Fazer uma constituição para se adequar, certamente, aos interesses do governo Bolsonaro. Tal ideia foi de imediato rejeitada grandemente pelas representações da sociedade brasileira, que viram na proposta algo desnecessário. 

Primeiro, porque são duas realidades diferentes: Brasil e Chile. Situações incomparáveis. O Brasil tem uma Constituição de 1988, pós-governo da ditadura militar, já elaborada com vistas ao processo democrático. O Chile não. Lá, a Constituição é antiga e vem da época do então  ditador Augusto Pinochet, que estabeleceu no país uma ditadura sanguinária após derrubada do governo Salvador Allende.

Portanto, o Chile já estava mais do que em tempo de escrever uma nova Constituição. As forças progressistas de lá reivindicaram e avançaram nessa brilhante vitória. Aqui, no Brasil, o caminho que se deve tomar para o aperfeiçoamento é outro. Tal coisa é possível por meio de emendas constitucionais, caso seja, verdadeiramente, isso que se queira.   

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

RADIALISTAS E O RÁDIO

Na foto José Eudo em postagem de Guto Castro

Desde menino, admirei os comunicadores do rádio. Queria até ser um deles. Não fui mas cheguei muito perto. Terminei optando pelo jornalismo impresso, que na época era bem mais prestigiado do que hoje. Não havia ainda a televisão. Só o rádio e o jornal de papel, assim como as revistas. Mas falar pelo rádio e manter um programa, eu achava o máximo. E ainda acho. Digo que cheguei perto de ser um comunicador de rádio, porque participava de programa que transmitia notícias do dia a dia e comentava com um apresentador e colegas repórteres de jornal que apuravam fatos pautados. O programa era Panorama Político, apresentado diariamente por Agnelo Alves. 

Eu achava que não tinha boa dicção nem era desenrolado para o rádio. Agnelo nos convocava no comecinho da noite para ir a seu programa, mas eu ia a força, por obrigação profissional. Devia ter aproveitado a oportunidade para ser um José Eudo Câmara, que tem minha admiração pelos seus 46 anos de jornada no rádio, ou quem sabe, um Antônio Carlos, hoje na Rádio Tupi, com seu show (o Show do Antônio Carlos), antes na Rádio Globo. 

Ficava horas escutando comunicadores de minha época de menino, como ainda me lembro, Miguel Bezerra, na Rádio Cabugi, às seis horas da manhã, com o Acorda Natal. Ou José Antônio, na Rádio Nordeste. Ia também, ainda adolescente, até a Rádio Poti aqui de Natal, no bairro de Petrópolis, só para ouvir o locutor do horário dizer pelo microfone: "Rádio Poti, Natal, Brasil". Eu tinha e tenho fascinação pelo rádio. 

Ainda não esqueci quando alguém me disse que admirava minha voz no rádio. Achei que estava me ironizando. Mas não devia  ter perdido a oportunidade que me foi dada, com o jornalista José Wilde que me quis por lá, e deu sinal que não gostou quando deixei para fazer assessoria de imprensa. Ficou a lição: na vida não se deve queimar oportunidade. Poderia ter sido jornalista de jornal e do rádio. Por que não? Parabéns contemporâneo José Eudo!

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

A ALTA SEM FREIO

👉Depois de um tempo sem ir ao supermercado fazer compras semanais, por causa do isolamento em relação à pandemia do coronavírus, tomei um susto. Embora já tivesse sido alertado por uma de minhas filhas, que nos substituiu nessa tarefa doméstica, a mim e a sua mãe, de que os preços estavam bombando. De fato, fiquei desapontado com uma economia que se diz de inflação baixa. Para encurtar a conversa, os preços da compra semanal, que antes já eram de inquietação, deram um salto astronômico. O que antes a gente conseguia pagar um tanto menos, aumentou uns R$ 150 por semana. Isso sem acrescentar mais nada do que semanalmente fazemos. As mesmas coisas de sempre e até buscando reduzir uma coisa ou outra. Um verdadeiro absurdo que não se alcança em nenhum salário reajustado. Imagine os não reajustados, como agora, que permanecem anos sem nenhum acréscimo. Mas é exatamente nos salários dos menos aquinhoados da economia neoliberal que o governo Bolsonaro tenta subtrair para compensar o ajuste de suas contas, que não param de crescer. A população parece mais e mais adormecida com a situação.  

domingo, 20 de setembro de 2020

ISSO VAI PEGAR MAL

😏"Guaribas, cidade piloto do Fome Zero e do Bolsa Família no semiárido piauiense, metade dos 4,5 mil habitantes, recebeu o auxílio de R$ 600", conta reportagem do Globo deste domingo (20/set). Pois bem, "O consumo cresceu, fomentou a construção civil, aumentou a venda de alimentos e a popularidade de Bolsonaro, que teve exatos 59 votos lá em 2018". Mas o que é bom dura pouco. 

A partir agora de setembro, o auxílio já cai para a metade do valor, R$ 300, e em dezembro acaba-se de vez e fica só o Bolso Família. A reportagem de Manoel Ventura nos diz que "as mensagens confusas do Renda Brasil, chamado por muitos de 'Renda Brasília', e a alta dos produtos da cesta básica alimentam o medo do fim dos benefícios."  

Rogai por nós! Não é pra menos! O governo Bolsonaro diz que não tem condições de manter permanentemente um programa desse alto custo. E é verdade, nas condições econômicas que o Brasil se encontra desde antes da pandemia do coronavírus. Agora, só piorou.

Porém, pode-se também questionar: se o país suporta tanto desperdício financeiro com valores astronômicos sumindo pelos ralos da corrupção até hoje, como não se esforçar para manter um benefício mais justo para os que passam fome e outras necessidades por este Brasil afora? Um programa de renda mínima como já há muito tempo sugeriu o petista, ex-senador Eduardo Suplicy e o PT de Lula criou o conhecido Bolsa Família! Não precisa nem mudar de nome, mas de valor a ser pago.

É hora deste governo ou outro fazer mais pelos pobres e menos pelos ricos. Mas é claro, com critérios rigorosíssimos para não virar engodo eleitoreiro. O auxílio emergencial da pandemia teve muitas falhas nesse sentido. Há pessoas que se inscreveram e recebem sem necessidade.   

Justiça se faça, o cadastramento do Bolsa Família é muito mais confiável.

sábado, 29 de agosto de 2020

ENCALHAMENTO

👎Tudo encalhado por mais de mês. Correspondências e encomendas. Correios parados. Se já estava demorada a entrega por causa da pandemia, imagine agora com uma greve nacional. Mais de mês para recebermos alguma entrega entre Estados. Governo Bolsonaro nem aí pra contornar situação.

domingo, 23 de agosto de 2020

MILAGRE! SÓ PODE SER

👈Os preços dos supermercados estão estourando de altos, mas a inflação é de país de primeiro mundo. Não tá nem aí! Quietinha, quietinha! De uns tempos para cá, a inflação não se mexe, isso não se discute. Não sei como ela é aferida, só sei que é assim! Deve ser o tal milagre econômico brasileiro. Você já avaliou quanto custava umas compras antes da pandemia, e agora, quatro meses depois, ainda na pandemia.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

ME DÊ UM MOTIVO

👉Correios estão uma graça! Quando não atrasam correspondências e encomendas por causa da pandemia do coronavírus, há outro motivo: agora é a greve de seus funcionários. E isso porque se trata de uma empresa de prestação de serviços essenciais! Imagine se não fosse!

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

COMO É VIVER

Se escrever fosse fácil, viveria escrevendo crônicas, que depois se transformariam em livros, e então ganharia o status de escritor. Boas crônicas, é claro, inspirando-me em bons e boas cronistas. 
 
Nem falo de poesias, porque sei que não é meu forte. Se a crônica já é difícil pra mim, imagine a poesia ou algum gênero literário de fôlego!

Na verdade, sou peixe de água rasa. O jornalismo de notícias e reportagens  que pratiquei a vida toda pra sobreviver. Se não fiz sucesso, pelo menos escapei! Sem mudar de rota. 
 
Hoje dedico-me a ler livros que aprecio, sempre na busca por boa crônica do cotidiano – ou por que não um conto?

A vida é feita de escolhas, que podem ser boas, mais ou menos e ruins. O amadurecimento precoce nos permiti escolher bem o que queremos da vida. Quero dizer: planejar, perseguir o objetivo e mais tarde colher bons frutos quando optamos acertadamente.

Já quem não escolhe ao menos razoavelmente, tende a arcar com consequências. Viver é assim! Você já ouviu dizer que Deus nos deu livre arbítrio e que neste mundo depende de nossos caminhos.

Por mais que não tenha acumulado riqueza, como dinheiro e bens materiais, não acho que escolhi mal. O jornalismo era o que eu queria desde menino ouvindo rádio. Posso ter sido imaturo, cometido erros e ter deixado a vida me levar, sem domá-la. Mas não me arrependo da escolha.

É comum questionar às pessoas. Você faria tudo de novo? Sim, mas revisando erros, exigindo mais de mim, e procurando explorar melhor meus talentos natos. Não para ficar rico, pois sempre tenho em mente que preciso de pouco para viver bem. Nasci assim, sou assim!

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

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