segunda-feira, 12 de outubro de 2020

RADIALISTAS E O RÁDIO

Na foto José Eudo em postagem de Guto Castro

Desde menino, admirei os comunicadores do rádio. Queria até ser um deles. Não fui mas cheguei muito perto. Terminei optando pelo jornalismo impresso, que na época era bem mais prestigiado do que hoje. Não havia ainda a televisão. Só o rádio e o jornal de papel, assim como as revistas. Mas falar pelo rádio e manter um programa, eu achava o máximo. E ainda acho. Digo que cheguei perto de ser um comunicador de rádio, porque participava de programa que transmitia notícias do dia a dia e comentava com um apresentador e colegas repórteres de jornal que apuravam fatos pautados. O programa era Panorama Político, apresentado diariamente por Agnelo Alves. 

Eu achava que não tinha boa dicção nem era desenrolado para o rádio. Agnelo nos convocava no comecinho da noite para ir a seu programa, mas eu ia a força, por obrigação profissional. Devia ter aproveitado a oportunidade para ser um José Eudo Câmara, que tem minha admiração pelos seus 46 anos de jornada no rádio, ou quem sabe, um Antônio Carlos, hoje na Rádio Tupi, com seu show (o Show do Antônio Carlos), antes na Rádio Globo. 

Ficava horas escutando comunicadores de minha época de menino, como ainda me lembro, Miguel Bezerra, na Rádio Cabugi, às seis horas da manhã, com o Acorda Natal. Ou José Antônio, na Rádio Nordeste. Ia também, ainda adolescente, até a Rádio Poti aqui de Natal, no bairro de Petrópolis, só para ouvir o locutor do horário dizer pelo microfone: "Rádio Poti, Natal, Brasil". Eu tinha e tenho fascinação pelo rádio. 

Ainda não esqueci quando alguém me disse que admirava minha voz no rádio. Achei que estava me ironizando. Mas não devia  ter perdido a oportunidade que me foi dada, com o jornalista José Wilde que me quis por lá, e deu sinal que não gostou quando deixei para fazer assessoria de imprensa. Ficou a lição: na vida não se deve queimar oportunidade. Poderia ter sido jornalista de jornal e do rádio. Por que não? Parabéns contemporâneo José Eudo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRAGÉDIA DA PANDEMIA

Com cerca de 300 mil mortos no Brasil pelo coronavírus, e um recorde em 24 horas de mais de 3.000 óbitos, a pandemia se tornou uma tragédia ...

MAIS VISITADAS