terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Transferindo responsabilidade

Entrei num recesso de fim de ano demorado, que já faz mais de mês ausente. A vida é dinâmica e corre rápido entre um ano e outro que  acabou de chegar. Já estamos na segunda quinzena de janeiro.

De lá para cá muitos fatos aconteceram e acontecem sem cessar, sucedendo-se um após outro ou simultaneamente. Assim é nossa realidade, e desse jeito vamos avançando no tempo.

A realidade mudou com o novo governo nacional? Se mudou, não notei. É a mesma até aqui. Ah, alguém pode dizer que governo e ano novo ainda estão começando. É preciso esperar. Sim, esperar!

Mas, na verdade, o ano em si não tem culpa em nada. Se existe algum mau sinal de que tudo continua na mesmice, este vem da própria humanidade, dos governos e dos fatos que testemunhamos.

A violência continua a ameaçar a paz pública, a trazer insegurança, a destruir vidas, e nenhuma medida concreta no país até aqui foi adotada de forma a satisfazer a sociedade. Tudo, como antes.

Primeira medida do governo Bolsonaro, sem pestanejar, foi a de armar a população sob o pretexto de assim ela vai poder se defender. Pareceu aí uma transferência de responsabilidade perigosa.

Ora, bandos criminosos investem cotidianamente mais e mais na busca de armas nas mãos de policiais, seguranças e cidadãos. Quanto mais grosso o calibre melhor.

Como vão temer enfrentar famílias, donos de comércio e amadores armados. Ademais, ao contrário da ideia, é dever do Estado manter a segurança e desarmar quem ameaça – ou não?

A rigor, quem ganha com isso não é a população, e sim as indústrias do lobby de armas. Mas se é pra seguir o exemplo dos Estados Unidos no que existe de pior, estamos no caminho certo. 

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