sábado, 13 de julho de 2013

Um belo cartão postal

Essa foto maravilhosa que aparece aí no cabeçalho do blog, por trás do nome e descrição, é de autoria do repórter-fotográfico Canindé Soares, velho companheiro contemporâneo de redação.

Trata-se, em primeiro plano, da ponte velha de Igapó, construção iniciada em 1913 e concluída em 1915, portanto, há um século de existência.

Deveria ser um dos mais belos cartões postais para o mundo da cidade de Natal , capital deste Rio Grande do Norte, se tivesse sido mantida completa e conservada toda a sua estrutura de ferro.

Ao lado, em segundo plano, está a segunda ponte, construída em 1970, para substituir a primeira, dado o crescimento da capital, ligando a zona norte ao restante da cidade.

Nos idos de 1988 houve uma reforma de ampliação na segunda ponte, que passou a ser considerada uma terceira obra para acompanhar o desenvolvimento local.

Construídas sobre o rio Potengi que corta a cidade, exatamente aí no bairro de Igapó, ambas são símbolos de uma Natal antiga, que se manteve na memória e nos registros da história da capital potiguar.

Por ignorância, má vontade ou falta de sensibilidade, a ponte velha sustentada por vãos de ferro e concreto armado foi vendida para uma empresa privada que, em razão do custo-benefício, desistiu de desmontá-la.

Quer dizer, começou a desmontagem e depois abandonou, deixando-a esquecida, sem que nada se pudesse fazer. Hoje sua estrutura metálica está entregue à ferrugem e ao abandono.

A função da ponte velha era dar passagem aos trens da antiga Estrada de Ferro Central, que facilitava assim o transporte entre a capital e o interior. Permitia também o fluxo do transporte rodoviário.

Por aí - ainda menino - viajei muito entre Natal e minha cidade no interior no colo de minha mãe. Depois já crescido e me tornado adolescente, para estudar na capital.

Apesar de parte do desmonte da ponte velha, a majestosa obra centenária não perdeu seu charme e ainda pode ser vista como cartão postal desta cidade. A foto de Canindé Soares prova isso.

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