segunda-feira, 11 de junho de 2018

Sinais dos tempos

Fiquei impressionado ao dar de cara no noticiário com o que não tive mais dúvida: vivemos uma guerra surda. Quer dizer, não declarada oficialmente. Dessas que bastam os números para nos convencer do que digo aqui.

É a guerra das forças militares contra o narcotráfico. O banditismo que tomou conta do país.

Dizia em destaque uma das notícias: "Com mais de 5 mil homens, intervenção faz sua maior operação policial no Rio".

A imagem mostrava militares das Forças Armadas nas ruas do Rio de Janeiro no alto de um tanque de guerra, empunhando fuzis nas mãos. Aí não tive mais dúvida. É guerra! guerra!

O que se ouve mais nestes tempos sombrios são intensos tiroteios com rajadas de fuzis. A outrora "cidade maravilhosa" virou um campo aberto de confrontos. Salve-se quem puder!

Mas o pior é que, mesmo com perdas dos dois lados, assim como de inocentes e de quem fica no meio do fogo cruzado, não se sabe quanto tempo levará para extirpar o mal. O Rio é apenas uma amostra do que se espalha Brasil afora.

No Rio Grande do Norte, outra visão do apocalipse destes tempos. "Carro e ambulância do Corpo de Bombeiros são incendiados em Mossoró", segunda maior cidade do Estado.

E mais: "Agências bancárias, lotérica e lojas são arrombadas em três municípios". Tudo no Estado potiguar, que não consegue deter o banditismo faz tempo. A taxa de homicídios no RN cresceu 257% em dez anos, segundo o Atlas da Violência.

Mata-se mais aqui no Brasil do que em países da Europa. É ou não uma guerra?

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