quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A interdição da Casa do Estudante

De crise em crise casarão sobrevive
Fico imaginando em meio a tristes pensamentos, se documentos meus do passado, também não andam perdidos entre os de ex-estudantes que passaram pelo velho casarão da praça Coronel Lins Caldas, na Cidade Alta, aqui em Natal.

Pois sou um desses ex-estudantes que vindo do interior para estudar na capital, tive abrigo na Casa do Estudante de Natal nos distantes anos 60 para 70.

Tomo conhecimento pelos veículos noticiosos, que documentos foram perdidos em meio aos danos causados pelas chuvas deste ano.

A antiga instituição passa por mais uma de suas crises cíclicas, já que naquele tempo, não raro, a casa mergulhava também em sérias dificuldades.

Mas logo vinha o apoio do poder público em socorro e o resto ficava por nossa conta, uma vez que se trata de entidade autônoma, gerida por diretoria eleita entre os próprios residentes.

Não sei como é hoje, pois nunca mais andei por lá. Só sei que, no meu tempo, a Casa do Estudante era muito útil na hospedagem de estudantes que precisavam de uma morada para continuar os estudos.

Sem dúvida, de lá saíram excelentes doutores e grandes profissionais que se fizeram na vida para prestar serviços à sociedade e se integrarem ao meio social.

Ali se estudava seriamente mesmo em meio as carências encaradas como desafio por muitos de nós, cujos pais não tinham recursos para mandar mesadas ou qualquer forma de auxílio, senão o incentivo.

Hoje vejo que a casa parece abandonada e não sei se os propósitos, a disciplina e o esforço permanecem sendo os mesmos dos estudantes do passado. Espero que sim.

Pelas notícias, sabe-se que a Casa do Estudante está em vias de processo de interdição por conta da situação física precária em que se encontram suas condições nos dias de hoje.

Quando passo lá em frente à noite de carro, a caminho de algum afazer, sinto no ar o clima de abandono e a falta de sua fachada alegre que movimentava as noites de esporte na quadra ali em frente.

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