sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Contrassenso previdenciário

Essas reformas do governo Michel Temer (PMDB)  feitas entre quatro paredes  e compradas no voto de parlamentares têm sido reprovadas amplamente pela população.

A primeira foi a reforma trabalhista que alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ainda sem ser bem digerida pela sociedade brasileira, e sem que se saiba em que vai dar.

Tomara que não seja com os burros n'água – como diz o bom sertanejo. 

Antes ela foi precedida por uma terceirização ampla, geral e irrestrita da mão de obra.

Desta vez  é a tentativa de aprovar uma reforma da Previdência Social custe o que custar, para que Temer possa honrar seu compromisso político com a elite que o apoiou em sua ascensão ao cargo.

O que chama atenção é que o modus operandi das reformas é sempre o mesmo. Em vez de uma discussão profunda com a nação, o atalho é a compra de votos de bancadas parlamentares.

Ora, se a questão é o rombo previdenciário das contas, como se negocia concedendo a dispensa de R$ 15 bilhões em dívidas previdenciárias dos municípios?

É um contrassenso evidente que basta uma inteligência mediana para perceber. Isso sem mencionar a grande sonegação existente e camaradagens distribuídas às empresas devedoras da Previdência.

Por que esse açodamento? Diz o ditado popular quando se desconfia: "debaixo desse angu tem caroço". Reforma enfiada goela abaixo é pra se questionar mesmo.

Está aí a notícia da revista Carta Capital dando conta que a "reforma trabalhista tende a inviabilizar a Previdência", de acordo com estudo sobre o tema.

Isso porque para cada trabalhador que deixa de ser assalariado para virar empresa, o sistema público perde R$ 3.727 ao ano, segundo esse estudo.

Até o ajuste fiscal está  sendo sacrificado pela reforma. É assim que caminha o Brasil de Temer.

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