terça-feira, 24 de julho de 2018

Cheque, armadilha bancária

A rigor, ele nunca foi especial em nada. E sim, uma armadilha bancária. Entrou nele, fica difícil de sair e cada vez mais o correntista vai precisar dele, transformando-o em extensão de sua renda.

Esse é o cheque especial, em que 46% dos usuários recorrem ao limite todos os meses, segundo pesquisa do SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL.

Mas 63% desconhecem valor dos juros cobrados. É aí que mora o perigo, porque as taxas bancadas são para lá de extorsivas, agiotagem pura, que no Brasil nunca tiveram limites.

Clientes de bancos se valem dele para cobrir imprevistos quando o salário não é suficiente para as despesas de cada mês, como saúde e pagamento de dívidas.

Aí quando recebe o salário, metade ou mais que isso é para cobrir o cheque, e o restante para tentar sobreviver, mas que nunca dá e novamente se recorre ao cheque especial.

A partir daí forma-se um círculo vicioso em que o usuário dificilmente consegue sair, porque se torna humanamente impossível com juros que ultrapassam até 300% ao ano.

Depois de tanta inadimplência, hein! hein! e embromações, governo e bancos tentam estabelecer novas regras para endividados saírem do tal cheque especial.

Em resumo, oferecendo outras linhas de crédito menos ruins, ou seja, com juros menores. A pergunta é: vai dar certo? Sei não! Sei não! Desconfio, porque banqueiro não mata sua galinha de ouro.

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