quarta-feira, 3 de maio de 2017

IMPOPULARIDADE DE TEMER

TEMER Enfiando reformas goela abaixo
Remando contra a maré que rejeita seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) insiste em enfiar goela abaixo reformas apressadas sem discussão e sem aprovação pela maioria do povo brasileiro, incluídos aí, é claro, a classe trabalhadora assalariada, a menos beneficiada. Seria assim um pacto a honrar com a classe dominante exclusivista que investiu em seu apoio para a derrubada do governo petista que ele, Temer, era aliado e sucedeu após o impeachment?

Seja como for, o curioso nesse fato é que Temer tenta governar de costas para a nação, com uma maioria vulnerável no Congresso, que começa a desertar. Por que, então, ele insiste? Até aqui Michel Temer mostra pouca preocupação com as eleições de 2018 e até jura de pés juntos que jamais ambiciona a reeleição no ano que vem. Sua única preocupação é com as tais reformas da Previdência e do Trabalho, em detrimento de outras que empurra com a barriga: as reformas política e a tributária.

Porém, uma prova de que sua teimosia tem um custo político alto para seu partido e aliados, basta mencionar a notícia publicada no 1º de maio, Dia do Trabalho,pela Folha de S. Paulo, que destacou: "71% dos brasileiros são contra reforma da Previdência, mostra Datafolha". Nada menos que sete em cada dez brasileiros são contra reforma da Previdência, conforme registrou a reportagem baseada em pesquisa do instituto do próprio grupo do jornal.

Se é assim, com uma oposição tão forte nas ruas, avenidas e praças, qual a explicação de Temer para não ouvir o movimento sindicalista e até outros setores da sociedade brasileira que questionam desde a reforma da Previdência que ainda tramita no Congresso, passando por uma Terceirização irrestrita aprovada às pressas, e uma reforma trabalhista duvidosa, questionável e sem respaldo popular? Tem caroço debaixo desse angu – como diz a expressão popular.

Pois bem, nessa turbulência política segue nosso Brasil, com a insistência de Temer, arrogante, falante e poderoso sem dar bolas para a maioria que pede ao menos diálogo. No contra-ataque vem as oposições com os movimentos sindicais prometendo luta pelos direitos da classe trabalhadora. Nas manifestações de 1º de maio, lideranças sindicalistas afirmaram que a greve geral de 28 de abril foi apenas o começo dessa contraofensiva. Aguardemos, então, a marcha dos acontecimentos.

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