segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Quarto mundo

SUÉCIA Exemplo de qualidade de vida para o mundo
Ao assistir o Globo Repórter da sexta-feira (5), mostrando que a Suécia, no norte europeu, dá show em qualidade de vida e pode muito bem ser exemplo para o mundo, fiquei frustrado com um misto de indignação e revolta ao ver outra reportagem, esta na televisão local sobre a saúde pública em Natal.

Lá na Suécia, país de Primeiro Mundo, como mostrou a repórter Glória Maria, é verdade que paga-se muito alto em impostos, cerca de 30% do que se ganha. Mas vale a pena porque a qualidade de vida lá em saúde pública, educação, segurança e transporte é show! De fazer inveja mesmo a outros países.

Aqui, no Brasil, também pagamos alto a chamada carga tributária e não temos o retorno em serviços que deveríamos ter em nenhuma das áreas vitais já mencionadas no parágrafo anterior. Em todos os itens estamos posicionados muito aquém do que desejamos melhorar em nossa vida.

Pois bem, na reportagem, parece-me da mesma sexta-feira, a televisão local mostrou a quantas anda nossa saúde pública em Natal, imagine no Estado. Mulheres gestantes implorando assistência médica na porta de hospitais como o Hospital Santa Catarina, na zona norte desta cidade.

Dava pena e revolta ao ver gestantes desde cedo da manhã com problemas e risco para a gravidez buscando socorro médico e sem atendimento. E aí se questiona: cadê o dinheiro dos nossos impostos pagos em dia? Como fazer cumprir a garantia constitucional de saúde, educação e segurança?

Imagino, então, que talvez nós brasileiros estamos muito mais para Quarto Mundo – classificação inexistente de conceitos de mundos – do que mesmo Terceiro Mundo. Não é possível continuar assim nesse patamar mundista de falta de qualidade de vida.

Isso significa atraso, desclassificação e rebaixamento para a quarta divisão. Quase o pior dos mundos.

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